Readaptar a dieta dos idosos é preciso.
Na terceira idade, há diminuição do apetite, alterações no paladar e olfato, o que também exige mudanças.
De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, com base nos dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009 do IBGE o contingente de pessoas com mais de 60 anos no Brasil soma cerca de 21 milhões, superando a população de idosos de vários países.
A preocupação com a prevenção de doenças nas pessoas com essa faixa etária cresce à medida que este grupo se torna numericamente mais representativo.
Segundo a nutricionista Bruna Murta, a nutrição exerce grande colaboração na prevenção e no tratamento de doenças comuns na terceira idade.
Com o passar dos anos ocorre um declínio natural das funções fisiológicas, há diminuição do apetite, alterações no paladar e olfato, tornando a comida menos atraente e menor a absorção e o metabolismo dos nutrientes – afirma a especialista da rede Mundo Verde.
De acordo com a nutricionista é por isso que existe a necessidade de rever os hábitos alimentares e adequar o cardápio da população idosa.
– Estas mudanças alteram as necessidades nutricionais.
À medida que se envelhece, a necessidade calórica diminui e aumenta a demanda por alguns nutrientes, como as vitaminas, minerais, água, fibras e ômega 3 – garante.
Para Bruna, além da ingestão desses nutrientes, é importante que a refeição apresente aspectos agradáveis, como a cor, sabor, aroma e textura, e que seja priorizado o prazer no momento da refeição, atendendo as preferências do idoso.
Readaptar a dieta dos idosos é preciso
Abaixo, uma lista criada por Bruna com os alimentos que devem estar na dieta de pessoa que já passaram dos 60 anos:
Grãos
Grãos como a soja, a quinoa, o amaranto, os feijões, o grão de bico, a ervilha e a lentilha, além de cereais integrais e das oleaginosas possuem elevados índices de proteínas que devem ser incluídas na alimentação diária na forma de cozidos e sopas.
Atuam na manutenção da massa magra.
Peixes
Ricos em ômega 3, o salmão, o atum, a sardinha, o arenque, a cavala e os óleos de peixe combatem problemas cardiovasculares, cerebrais e nas cartilagens.
Sua suplementação, através de cápsulas de óleo de peixe, é interessante para a prevenção contra o mal de Alzheimer, Parkinson, depressão, perda de memória e concentração.
Sucos de uva escuras, cranberry e de açaí
São ricos em antocianina, um antioxidante que neutraliza a ação dos radicais livres e atua na prevenção do câncer; previne contra doenças cardiovasculares; auxilia no controle das taxas de colesterol.
Cereais integrais
Possuem um alto teor de vitaminas do complexo B (B1, B6, B12, ácido fólico), nutriente importante para o correto funcionamento de todos os órgãos.
Além disso, fortalece o sistema imunológico e protegem os tecidos nervosos contra a oxidação.
O complexo B também é encontrado nas leguminosas, nas oleaginosas e nas sementes.
Laranja, cenoura, abóbora e vegetais folhosos (como a couve e o espinafre)
Possuem altos teores de carotenoides, vitaminas C e E, selênio e neutralizam a ação dos radicais livres.
Além disso, a vitamina C é encontrada nas frutas cítricas e vegetais como brócolis e pimentão.
A vitamina E está presente nos óleos vegetais e gérmen de trigo.
A castanha do Brasil é a maior fonte de selênio.
Gergelim, folhosos verde escuros e quinoa
Esses alimentos são fonte de cálcio, fundamental para a saúde óssea.
O consumo de vitamina D, presente no óleo de fígado de bacalhau, por exemplo, melhora a absorção intestinal do cálcio, atuando, consequentemente para garantir uma boa saúde dos ossos.
Linhaça, farelo de trigo, de arroz e de aveia
Compostos por fibras insolúveis, esses produtos atuam para auxiliar o bom funcionamento do intestino pois aceleram o trânsito intestinal.
Semente de abóbora
Essas sementes são boas fontes de magnésio, importantes para a saúde dos ossos, do coração e das cartilagens.
São encontrados também nos vegetais folhosos verde escuros, nos cereais integrais, nas leguminosas e nas oleaginosas.
Banana, melão e água de coco
Assim como os feijões, a ervilha, a laranja e o espinafre, esses alimentos são ricos em potássio, substância que reduz os níveis de sódio diminuindo o risco de hipertensão arterial e derrame.
Além disso, a farinha de banana verde, o óleo de coco, o mel e a aveia alimentam os probióticos, bactérias que colonizam o intestino e são indispensáveis para uma boa digestão e absorção.
Castanhas e chocolate amargo
São fontes de zinco, também encontrado nos feijões, na lentilha, nas nozes, nas castanhas e nos cereais integrais. Essa substância é fundamental para a manutenção do sistema imunológico.
Espinafre, brócolis, alface e tomate devem estar sempre presentes à mesa dos idosos.
Importante:
O acompanhamento da dieta deverá ser sempre feito com um profissional de saúde habilitado para tal.