Inteligência emocional – O que é e para que serve?
A Inteligência Emocional ajuda o indivíduo a lidar com as emoções humanas.
Inteligência Emocional é a capacidade de um indivíduo administrar as próprias emoções e usá-las em seu favor, além de compreender as emoções das outras pessoas, construindo relações saudáveis e fazendo escolhas conscientes.
Quem tem Inteligência Emocional sabe pensar, sentir e agir de forma inteligente e consciente, sem deixar que as emoções controlem sua vida e se acumulem de forma a reproduzir ou criar traumas.
A Inteligência Emocional orienta o ser humano em duas principais direções.
A primeira consiste em aprender a lidar com as emoções humanas e analisar de que maneira cada uma delas se manifesta em cada pessoa, trazendo a percepção da forma como os sentimentos potencializam ou limitam a construção de uma vida plena.
Além disso, esta é uma habilidade que promove consciência dos Programas Emocionais que disparam sentimentos e comportamentos automáticos e indesejados no indivíduo.
Com isso, é possível realizar uma Reprogramação Emocional, gerando mudanças efetivas e espontâneas em todos os aspectos da vida.
A Inteligência Emocional age diretamente no cérebro emocional dos indivíduos, buscando as raízes mais profundas na vida da pessoa, neutralizando as emoções negativas que produzem comportamentos destrutivos e potencializando as emoções positivas para gerar resultados desejados.
Porque é importante desenvolver a Inteligência Emocional
A vida é cheia de desafios diários: metas, prazos, reuniões, família, filhos, relacionamentos, saúde e inúmeras decisões a serem tomadas.
Em qualquer âmbito da vida, as pessoas estão sendo observadas, avaliadas e cobradas o tempo todo, o que faz com que todos vivam em uma pressão constante.
Este é um contexto que pode ser muito estressante e desgastante, especialmente para quem não possui equilíbrio emocional.
Isso acontece porque as emoções estão em toda parte, e todas as pessoas vivem direta ou indiretamente sob o impacto delas.
Depressão, estresse, ansiedade, insegurança e compulsão são alguns sintomas gerados por desequilíbrios emocionais muito maiores. Justamente por isso, a Inteligência Emocional é tão necessária nos dias de hoje.
Benefícios da Inteligência Emocional
Racionalmente, ninguém escolheria ser ansioso, depressivo, explosivo ou machucar alguém que ama — mas a maioria das pessoas faz isso constantemente.
E, se essas reações não são escolhidas, por que as pessoas não têm controle sobre elas?
De modo geral, isso acontece porque o cérebro emocional é muito mais rápido que o cérebro racional.
Enquanto as emoções levam o ser humano à ação, sua razão continua pensando e analisando.
Nesse sentido, entender que somos movidos principalmente pela emoção é o primeiro passo para começar a desenvolver a Inteligência Emocional.
Como principais benefícios da Inteligência Emocional, podemos destacar:
– Aumento da autoestima e autoconfiança;
– Redução de conflitos em relacionamentos interpessoais;
– Direcionamento competente das emoções;
– Aumento do nível de comprometimento com metas de vida;
– Senso de responsabilidade e melhor visão de futuro;
– Compreensão da visão de mundo e dos sentimentos das outras pessoas;
– Enriquecimento dos relacionamentos interpessoais;
– Equilíbrio Emocional;
– Desenvolvimento da comunicação e poder de influência;
– Aumento do nível de felicidade;
– Superação de barreiras;
– Clareza nos objetivos e ações;
– Melhora na comunicação e em seu poder de influência;
– Melhora na capacidade de tomada de decisão;
– Melhor administração do tempo e melhora significativa da produtividade;
– Diminuição dos níveis de estresse;
– Maior realização pessoal, familiar e profissional;
– Aumento da qualidade de vida, mais disposição, vitalidade e bem-estar.
Rodrigo Fonseca, fundador da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBie), define a Inteligência Emocional como a “capacidade de reconhecer em si mesmo e no outro as emoções, bem como a interação e o impacto delas na vida de cada um, além de saber como redirecionar cada uma delas para gerar melhor resultados para todos”.
Saber reconhecer as emoções e como elas influenciam suas ações é fundamental para ter mais qualidade de vida e equilíbrio.
O que muitos não sabem é que todas as pessoas possuem a habilidade de desenvolver cada uma de suas emoções — conhecendo, percebendo e administrando melhor os estímulos que chegam ao cérebro emocional.
Inteligência emocional – O que é e para que serve?
Resumindo:
A Inteligência Emocional é a capacidade de compreender e gerenciar os próprios sentimentos, assim como o sentimento dos outros.
Daniel Goleman, conhecido como o pai da Inteligência Emocional, relata que não existe correlação entre ela e o QI, pois eles são controlados por diferentes partes do cérebro.
Ao contrário do QI, que não muda significativamente ao longo da vida, a Inteligência Emocional pode evoluir e aumentar, e alguns hábitos podem ajudar a desenvolver esse tipo de inteligência.
Dê atenção ao seu corpo e comportamentos
Preste atenção ao seu comportamento!
Observe como você age quando está sentindo certas emoções e como isso afeta sua vida.
Uma vez que nos tornamos mais conscientes disto, é fácil julgar e começar a atribuir rótulos ao nosso comportamento.
Lembre-se também de ouvir o lado físico do seu corpo, sensações e sentimentos como calafrios, por exemplo, podem sinalizar que você precisa prestar mais atenção ao momento.
Reduza as emoções negativas
Um dos principais pontos ao desenvolver a Inteligência Emocional é ser capaz de gerir as suas emoções negativas.
Evite saltar para uma conclusão negativa imediatamente e pense que as situações possuem várias opções de saída, basta você procurá-las.
Uma dica é escrever seus pensamentos e sentimentos, isso pode ajudar a externalizar e compreender melhor.
Lide de frente com o estresse e a ansiedade
Todos passam por momentos estressantes na vida ou se sentem ansiosos por algum motivo.
Saber lidar com estas situações pode fazer a diferença entre o equilíbrio e a disfunção.
Dicas rápidas como lavar o rosto com água fria, tomar ar fresco, evitar cafeína ou fazer exercícios intensos podem mudar muito a maneira como nos sentimos.
Não julgue ou mude seus sentimentos com muita rapidez
Neste caso a pressa é inimiga da perfeição.
A Inteligência Emocional é um processo gradual, pode ser lento e varia de pessoa para pessoa.
Tente não descartar seus sentimentos antes de ter uma chance de pensá-los.
Emoções saudáveis muitas vezes se elevam e caem como uma onda, aumentando e desaparecendo naturalmente.
Seu objetivo não deve ser “furar a onda” antes de atingir seu pico.
Pratique o “responder” ao invés do “reagir”
Segundo Goleman, o cérebro emocional responde aos acontecimentos de forma mais rápida do que o cérebro pensante.
Por isso é importante se concentrar em suas ações e perceber a diferença entre o responder e reagir.
O processo de reagir é um processo inconsciente onde experimentamos um gatilho emocional e nos comportamos de forma inconsciente, expressando essa emoção de maneira instantânea.
Já o responder é um processo consciente que envolve perceber como você se sente, depois decidir como você quer se comportar.
Como dito antes, tome seu tempo e não se deixe reagir de maneira impulsiva e imediata.
Pratique a empatia
A empatia é sobre entender o próximo, como alguém se sente ou se comporta de determinada maneira e poder comunicar essa compreensão a eles.
O estado de empatia deve começar de você: quando se sentir ou se comportar de certa maneira, pergunte “Por que eu acho que estou me sentindo assim/fazendo isso?”
A primeiro plano a resposta será “Eu não sei”, mas continue prestando atenção aos seus sentimentos e comportamentos, e você começará a notar diferentes respostas que chegam. Isso nos torna mais sensíveis e abertos.
Crie um ambiente positivo
Criar um ambiente positivo não só melhora a sua qualidade de vida, mas pode ser contagioso para as pessoas ao seu redor.
Perceba o que está indo bem, o porquê e onde você se sente agradecido em sua vida.
Conheça seus limites e saiba quando é suficiente
Há momentos em que é importante definir nossos limites adequadamente.
Estes limites podem incluir o exercício do nosso direito de discordar, de dizer “não” sem se sentir culpado, de estabelecer nossas próprias prioridades e nos proteger da coação.
Saiba quando é hora de mudar o seu foco.
A inteligência emocional envolve não só a capacidade de olhar para dentro, mas também de estar presente no mundo ao seu redor.
Melhorando a cada dia
Em seu livro chamado Inteligência Emocional, Goleman ressalta que o controle das emoções é um fator essencial para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo.
Ao contrário do QI, a inteligência emocional é altamente maleável, e à medida que você treina seu cérebro com novos comportamentos emocionalmente inteligentes, ele constrói os caminhos necessários para transformá-los em hábitos.
Porém, ele adverte que devemos buscar controlar apenas às emoções estressantes e incapacitantes, pois sentir emoções é o que torna nossa vida rica.
Fontes pesquisadas: Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional e hiper cultura