Vacine seus netos e filhos contra a poliomielite – Amar é Vacinar.
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite deste domingo (6).11.2022) pedindo para que pais e responsáveis vacinem as crianças contra a poliomielite.
Segundo dados do ministério, a campanha de vacinação que ocorreu em agosto e setembro deste ano vacinou menos de 70% do público-alvo, composto por crianças de zero a cinco anos.
A meta é imunizar 95% das crianças nessa faixa etária em todo o país.
“Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis.
Vacinem suas crianças contra a poliomielite.
Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil.
Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais existe vacina há tanto tempo.”
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes.
Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
“Há 32 anos a região das Américas é considerada livre da poliomielite, mas infelizmente as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil”, disse Queiroga no pronunciamento.
Segundo ele, a baixa taxa de vacinação contra a doença foi agravada pela pandemia de covid-19.
“O Ministério da Saúde está empenhado para manter o Brasil livre da poliomielite”, destacou.
O ministro afirmou que, durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que ocorreu em setembro, nos Estados Unidos, o Brasil reforçou a necessidade dos países americanos se mobilizarem para erradicar a enfermidade.
Queiroga lembrou ainda que na última semana o governo lançou um plano de combate à poliomielite com o objetivo de organizar o trabalho da União, dos estados e dos municípios.
Entre as ações prioritárias está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação.
“As vacinas continuam disponíveis nos postos de vacinação.
É possível sim atingir a meta.
Para tanto, é necessário o engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil.
Estados como a Paraíba e o Amapá, por exemplo, já vacinaram mais de 90% do público-alvo”, afirmou o ministro.
Fonte: Agência Brasil EBC
Poliomielite: sintomas, transmissão e prevenção
Sintomas
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus.
Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos.
O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze dias.
A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe – febre e dor de garganta – ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarreia.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros.
As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.
Transmissão
Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra.
A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas.
Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença.
O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes.
A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar.
O vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo (boca, garganta e intestinos).
Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso, dependendo da pessoa infectada.
Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral.
A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.
Prevenção
A poliomielite não tem tratamento específico.
A doença deve ser evitada tanto através da vacinação contra poliomielite como de medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos.
As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças numa mesma habitação também são fatores que favorecem a transmissão da poliomielite.
Logo, programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença.
No Brasil, a vacina é dada rotineiramente nos postos da rede municipal de saúde e durante as campanhas nacionais de vacinação.
Vacine seus netos e filhos contra a poliomielite – Amar é Vacinar.
A imunização contra a poliomielite deve ser iniciada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses, além dos reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade.
VIP (vacina inativada injetável)
É aplicada na rotina de vacinação infantil, aos 2, 4 e 6 meses, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade.
Na rede pública as doses, a partir de um ano de idade, são feitas com VOP.
VOP (vacina atenuada oral)
Na rotina de vacinação infantil nas Unidades Básicas de Saúde, é aplicada nas doses de reforço dos 15 meses e dos 4 anos de idade e em campanhas de vacinação para crianças de 1 a 4 anos.
Fonte: FioCruz
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