Seu cartão foi clonado – O que fazer agora?
Você já teve o cartão clonado?
Ter o cartão clonado é um dos medos de grande parte dos brasileiros que têm esse recurso disponível.
E não é um receio sem nenhum fundamento: segundo um levantamento da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), 8,9 milhões de brasileiros passaram por essa situação entre 2018 e 2019.
Por mais que os algoritmos de detecção de fraudes das operadoras de cartão de crédito estejam cada vez mais avançados, um cartão clonado ainda pode gerar prejuízos significativos para o usuário.
Mas não precisa cancelar seu cartão e começar a pagar tudo com boleto.
Basta agir com atenção e saber exatamente o que fazer para minimizar os danos nessa situação.
O que é clonagem de cartão?
Para entender como se prevenir e não ter o cartão clonado, precisamos entender como essa clonagem ocorre em primeiro lugar.
Quando o termo “clonagem de cartão” surgiu, as suas informações essenciais (como número, código de segurança, data de vencimento e nome do titular) eram armazenadas na sua tarja magnética.
Assim, se o usuário passava o cartão na maquininha, os golpistas copiavam esses dados e usavam as informações para fazer compras.
Hoje, já não é mais assim que as coisas acontecem.
Aproximadamente 95% de todos os cartões de crédito atuais são de chip.
Nesses modelos, as informações não podem ser copiadas na hora do uso.
No entanto, o modelo do golpe permanece o mesmo: os criminosos roubam os dados do cartão de alguma forma e usam para o máximo de compras possível na expectativa que uma delas seja aprovada.
Como um cartão pode ser clonado?
Um cartão é clonado quando golpistas se usam tática fraudulentas para terem acessos aos seus dados e usam as informações para tentar fazer compras.
Atualmente, como os dados não ficam mais na tarja magnética, a forma como os aproveitadores chegam às informações mudou bastante.
Existem diferentes métodos para esse tipo de fraude.
Seu cartão foi clonado – O que fazer agora?
Veja alguns abaixo:
Phishing
Esse tipo de golpe consiste na criação de uma página ou e-mail falso simulando uma loja com grandes ofertas — quando o consumidor insere seus dados para fazer a compra, o golpista consegue roubar as informações para clonar o cartão;
Cadastro em aplicativos não conhecidos
Cadastrar os dados do cartão em aplicativos de compras ou serviços é normal.
Você provavelmente faz isso nos apps mais famosos, como Netflix ou Uber.
No entanto, é arriscado deixar seus dados em aplicativos que você não conhece, pois o celular pode ser acessado por alguma pessoa mal-intencionada ou um hacker pode invadir a base de dados do app e roubar as informações;
Compras online
Assim como acontece com aplicativos, se você deixar seus dados gravados para compras online em lojas ou marketplaces, está correndo riscos — um hacker pode invadir um servidor não protegido e acessar essas informações;
Roubo por atendentes
se você entrega o cartão de crédito na mão do atendente da loja, então corre o risco de ele fotografar os dados discretamente, sem que você perceba;
Comprar com tarja magnética no exterior
ainda que a maior parte dos cartões no Brasil funcione com chip, a norma é usar a tarja magnética em compras internacionais — por isso, é possível que seus dados sejam clonados nessas ocasiões.
Como identificar a clonagem?
Atualmente, as operadoras de cartão de crédito usam algoritmos avançados para analisar a movimentação de cada usuário e identificar de forma automática caso haja algum gasto suspeito.
Quando isso acontece, o cartão pode ser bloqueado na hora enquanto a informação é analisada por um técnico da empresa.
No entanto, a única forma que o consumidor tem de identificar se teve o cartão clonado é pela análise da fatura a pagar.
Ao olhar a movimentação registrada, dá para perceber alguma compra que não foi feita por você e, assim, determinar o uso indevido por outra pessoa.
Como todas as operadoras de cartão contam com um aplicativo de celular para registrar as compras feitas com o item, basta olhar no app e analisar o que está listado lá.
Entretanto, é importante ter cuidado na hora da análise para não cometer um equívoco.
Isso, porque nem toda compra que você não reconhece de cara é um gasto feito por cartão clonado.
Muitas empresas, especialmente de pequeno porte, aparecem na fatura do cartão com um nome diferente daquele que você conhece.
Dessa forma, é importante ficar atento ao valor e à data da compra e tentar lembrar se você não fez o gasto mais ou menos naquela época.
Seu cartão foi clonado – O que fazer agora?
Outra dica é anotar em um caderno ou em uma planilha todas as suas compras com o cartão e depois cruzar os dados com a fatura.
Mesmo que ela seja lançada com um nome que você não reconhece, a sua anotação dará o contexto necessário para identificar a situação real.
O que fazer para resolver?
Caso você tenha o cartão clonado, não entre em pânico.
É claro que é normal ficar alterado (afinal, é dinheiro que está em jogo), mas o nervosismo só atrapalha a sua reação.
Nessa situação, o melhor é agir com rapidez para minimizar os danos.
Assim que confirmar que, de fato, você não fez aquela compra, bloqueie imediatamente o cartão.
Toda operadora oferece um mecanismo para fazer isso, seja pelo aplicativo no celular, seja por contato direto com ela.
Em seguida, informe à operadora do cartão quais são as movimentações que você contesta na sua fatura.
Cada administradora ou emissora tem um procedimento específico para isso, mas o padrão é cancelar o cartão, emitir um novo e devolver o valor na sua fatura.
Dependendo da empresa, o crédito pode ser devolvido na fatura atual ou na próxima.
No entanto, o melhor a fazer é sempre tentar prevenir que o cartão seja clonado.
Para isso, você deve tomar alguns cuidados básicos que vão reduzir os riscos de sofrer esse golpe.
Veja alguns deles logo abaixo:
– Só faça compras online em sites seguros, com boa reputação e sem reclamações de fraude;
– Use o cartão virtual da sua operadora.
Essa é a melhor maneira de prevenir a clonagem porque, mesmo que os dados do cartão virtual sejam descobertos pelos golpistas, basta bloqueá-lo no app e fazer um novo, sem precisar cancelar o cartão principal;
– Nunca poste fotos com o seu cartão na internet, nem mesmo com a parte sem os dados de uso — isso pode informar aos golpistas qual é a sua operadora, o que permite que o phishing seja mais eficaz;
– Desconfie de promoções com valores muito abaixo do mercado;
– Ao fazer compras presenciais, mantenha o cartão sempre na mão e insira-o na maquininha você mesmo — isso vale inclusive na hora de abastecer o carro;
– Não empreste o cartão para outras pessoas, mesmo se forem da família.
Agora que vimos o que fazer em caso de cartão clonado, você tem mais informações para reduzir os danos desse golpe.
Lembre-se sempre que, quanto mais rápido você agir, menores serão os danos.
Portanto, acompanhe todas as notificações do seu aplicativo e mantenha a atenção sobre o seu cartão.
Fonte: BV Banco