Mitos e verdades sobre os cruzeiros marítimos.
Viajar de cruzeiro é um modo bastante interessante e diferente de conhecer os mais diversos lugares.
É algo cada vez mais comum para os viajantes brasileiros.
Há alguns anos, pouquíssimos navios aportavam em terras brasileiras; agora, o número de embarcações que vêm para cá durante nosso verão aumenta ano após ano.
Com a crescente demanda por viagens de cruzeiros, é cada vez mais comum vermos brasileiros pegando navios também no exterior.
Mas, para aproveitar bem uma viagem de navio, é preciso estar ciente da forma como funciona um cruzeiro marítimo, e desfazer algumas lendas que rondam este tipo de viagem.
A seguir, uma seleção de mitos e verdades para que você navegue por mares tranquilos:
Navio é um meio de transporte perigoso
MITO:
Esqueça o Titanic!
Este triste episódio ficou lá em 1912, e hoje em dia só é recordado em filmes.
A tecnologia dos navios evoluiu muito de lá pra cá.
Atualmente, é praticamente impossível um navio afundar, quanto mais bater em um iceberg.
O perigo mais iminente em navio é um incêndio, já que há uma grande concentração de energia em um espaço relativamente pequeno.
Mas todos os navios realizam treinamentos de emergência com os passageiros e a tripulação.
Mesmo que ocorra algum incidente, é altamente provável que ele seja controlado a tempo de se evitar uma tragédia.
Encalhe de navios ou pane no motor, como ocorreu recentemente em um navio da Carnival, são eventos muito raros.
Esqueça qualquer trauma ou neurose e embarque tranquilamente.
Você estará em boas mãos!!!
Mitos e verdades sobre cruzeiro marítimo
Você sempre engorda em uma viagem de navio
VERDADE:
Apesar de muitos negarem, é fato que, por mais que se faça exercício na academia, por mais que se ande nos portos de parada, viajar de navio é um convite para ganhar uns quilinhos a mais.
Comida 24 horas por dia, jantares nababescos, além do convite ao dolce far niente dos dias de navegação, tornam o cruzeiro marítimo um inimigo do spa.
Portanto, se você está fazendo dieta ou quer entrar com mais folga naquela calça jeans, das duas uma: ou você desiste do navio, ou desiste do regime.
Eu desistiria do segundo.
Vá sem culpa, coma o que tiver vontade (mas sem exageros também).
Ou naquela sua próxima viagem pela Europa…
Fazer um cruzeiro pela costa brasileira é bem diferente de fazer um cruzeiro pelo exterior
VERDADE:
Para o bem ou para o mal, não é a mesma coisa pegar um navio aqui ou lá fora.
Não me refiro nem aos portos de parada, mas ao navio mesmo.
Para se adaptarem aos gostos e costumes dos brasileiros, as companhias que aqui aportam realizam uma série de mudanças.
Os navios que vêm para o Brasil acabam adotando um clima mais informal, muitos deles fazem aulas de axé na piscina, o traje de gala em alguns jantares não é levado tão a sério, rolam mais festas, mais badalação… além disso, aqui têm muitos cruzeiros temáticos, coisa rara de se ver no exterior.
Lá fora, os navios adquirem um ar mais sofisticado, com menos agito e badalação e mais calmaria.
As pessoas levam a sério os trajes de gala, o axé é trocado pelo bingo ou pelo leilão de obras de arte, os horários das refeições são beeeem mais cedo, enfim, é um esquema mais “cada um na sua”.
Não quero, com isso, desmerecer os cruzeiros que fazem a costa brasileira, ou criticar o ambiente mais elegante dos cruzeiros no exterior.
É apenas uma constatação de que o esquema de funcionamento dos navios muda muito sim.
Basta viajar no Splendour na Europa e depois voltar a subir nele quando o navio estiver em águas brasileiras pra sentir a diferença.
Não critico nem um nem outro modelo de cruzeiro. Só acho importante que cada um saiba o que esperar de sua viagem.
Eu, por exemplo, não gosto do jeito que os cruzeiros funcionam no Brasil, mas tem gente que ama.
É muito fácil enjoar dentro de um navio
EM TERMOS:
Depende muito do navio, e do roteiro.
Navios mais velhos e menores costumam balançar mais, pois muitos deles não têm o chamado estabilizador (aparelho que ameniza o balanço do navio).
Já em navios maiores e mais novos, é bem difícil sentir a movimentação.
Quanto aos roteiros, há uma grande disparidade: cruzeiros pelo Caribe, Alasca e pelo Mediterrâneo muitíssimo raramente balançam a ponto de deixar as pessoas enjoadas (a não ser que você pegue um furacão ou um tsunami, o que, convenhamos, é praticamente impossível).
Já Austrália, Nova Zelândia e Brasil podem exigir uma dose a mais de Dramin.
No entanto, nenhum roteiro balança tanto quanto a Patagônia.
Passar pelo Cabo Horn e pelo Estreito de Magalhães sem enjoar é uma prova de ferro – e um atestado de que você é um marinheiro que pode enfrentar qualquer roteiro.
Aliás, quer uma viagem de navio na qual é garantido que você se sentirá como se estivesse em terra firme?
Pegue um desses mega navios (de 100 toneladas pra cima) e faça um cruzeiro pelo Caribe ou pelo Mediterrâneo.
Ah, mais uma dica: cabines na popa (parte de trás do navio) balançam menos do que as cabines da proa (parte da frente da embarcação).
Mitos e verdades sobre cruzeiro marítimo
Navios pequenos são um produto em extinção
MITO:
Tudo bem que os mega navios da Royal Caribbean e da Norwegian são a sensação do momento.
Mais e mais navios gigantescos serão lançados ao mar nos próximos anos.
Mas isto não significa o fim dos navios menores. Companhias de luxo, como a Star Cruises, só têm embarcações de pequeno porte.
A linha Azhamara, um braço da Celebrity Cruises, investe apenas em pequenos navios.
A teoria é de que é impossível mimar os passageiros com as mordomias típicas de uma viagem de luxo em um navio com milhares de passageiros.
A regra, nesse caso, é o famoso “menos é mais”.
Além disso, há uma demanda significativa de passageiros que ainda preferem navios de pequeno a médio porte.
E muitos portos não comportam navios grandes, principalmente aqueles portos de roteiros mais exóticos, localizados na Ásia, África e Oriente Médio.
Viajar de navio não permite ao viajante conhecer bem os portos de parada
EM TERMOS:
Aí vai depender muito dos lugares.
Tem cidade que bastam algumas horas para que se conheça os principais pontos de modo satisfatório.
Inclua nessa lista boa parte dos portos caribenhos, do Alasca e da Patagônia, além de alguns portos europeus como Míkonos, Santorini, Rhodes, Livorno, Arhus, Talinn, entre outros.
Mas existem lugares em que se torna humanamente impossível conhecer tudo em algumas horas.
Barcelona, Atenas, São Petersburgo, Lisboa, Nápoli, Veneza, Rio de Janeiro, Salvador, Montevideo, Istambul, entre muitos outros, são lugares que demandam alguns dias para serem feitos com afinco.
Alguns navios pernoitam em algumas dessas cidades, para que os passageiros possam conhecê-las mais a fundo.
Mas, ainda assim, o tempo é pouco.
fonte: falando em viagem
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