ELA – Esclerose lateral amiotrófica- O que é?
O primeiro passo para você conhecer melhor a esclerose lateral amiotrófica, e principalmente entender seus mecanismos e forma de atuação, é saber o que significa.
O que significa ELA?
ELA é a abreviatura de Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença cujo significado vem contido no próprio nome:
– Esclerose significa endurecimento e cicatrização.
– Lateral refere-se ao endurecimento da porção lateral da medula espinhal.
– E amiotrófica é a fraqueza que resulta na atrofia do músculo. Ou seja, o volume real do tecido muscular diminui.
Dessa forma, Esclerose Lateral Amiotrófica significa fraqueza muscular secundária por comprometimento dos neurônios motores.
Qual a característica principal da esclerose lateral amiotrófica?
A degeneração progressiva dos neurônios motores no cérebro (neurônios motores superiores) e na medula espinhal (neurônios motores inferiores), ou seja, estes neurônios perdem sua capacidade de funcionar adequadamente (transmitir os impulsos nervosos).
O que são neurônios motores?
Primeiro, é importante saber que neurônio é uma célula nervosa especializada, diferente das outras células do corpo humano porque apresenta extensões q ue realizam funções especiais.
No caso dos neurônios motores, eles são responsáveis pelos movimentos de contração e relaxamento muscular.
O que essa degeneração provoca?
Quando os neurônios motores não podem mais enviar impulsos para os músculos, começa a ocorrer uma atrofia muscular, seguida de fraqueza muscular crescente.
No caso da ELA, compromete o 1º neurônio superior e o 2º neurônio inferior.
Quais são as partes do corpo que a doença não afeta?
O raciocínio intelectual, a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato.
Na maioria dos casos, a esclerose lateral amiotrófica não afeta as funções sexual, intestinal e vesical.
Quem tem mais probabilidade de desenvolver ELA?
Segundo pesquisas, a ELA se desenvolve mais em homens do que em mulheres, mais em brancos do que em negros, e geralmente está associada à faixa etária acima de 60 anos.
Como o paciente com ELA costuma reagir em relação ao seu dia a dia?
Geralmente, os pacientes com ELA se cercam de pessoas ligadas à vida, raramente ficam deprimidos, são pessoas especiais e apaixonantes, buscam esclarecimento e novas possibilidades de tratamento para a doença, e principalmente lutam constantemente pela dignidade de vida.
O físico e cientista britânico Stephen Hawking morreu com ELA
Diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) aos 21 anos, o cientista Stephen Hawking morreu nesta quarta (14 de março), aos 76 anos.
Embora a causa do falecimento não tenha sido revelada até agora, o fato é que essa doença impõe desafios à saúde.
De certa forma, uma das maiores conquistas do físico britânico foi superar os sintomas dessa enfermidade neurodegenerativa, ainda sem cura, por tantos anos.
Origem e causas da ELA
Ao contrário do que aconteceu com Stephen Hawking, a esclerose lateral amiotrófica costuma surgir dos 50 anos de idade em diante.
Não mais do que 10% dos pacientes vivem mais de dez anos.
O cientista, por sua vez, sobreviveu por décadas.
A ELA é resultado de uma degeneração progressiva de neurônios, em especial dos que controlam as atividades motoras do corpo (eles vão do cérebro até a medula espinhal).
Daí porque um dos seus primeiros sintomas é a perda de força e o endurecimento dos membros.
Não se sabe ao certo o que dispara o problema, mas de 5 a 10% dos casos têm origem hereditária – ou seja, você herda o defeito de um dos pais.
A esclerose lateral amiotrófica (também conhecida como Doença de Lou Gehrigou de Charcot) é considerada uma enfermidade rara.
A incidência no Brasil é desconhecida, mas, nos Estados Unidos, há entre 14 e 15 mil portadores. Não há uma forma conhecida de se prevenir.
Fatores de risco
• Ter mais de 50 anos
• Sexo masculino
• Etnia caucasiana
Sintomas
• Perda de força
• Atrofia muscular
• Endurecimento dos membros e perda progressiva da movimentação
• Dificuldade para engolir, falar ou mastigar
• Cãibras
• Dores neuropáticas (por danos nos nervos)
Conforme a doença evolui e as células nervosas não conseguem enviar mais mensagens para os músculos, esses começam a enfraquecer e definhar.
Os problemas mais graves surgem quando a musculatura responsável pela respiração, por exemplo, deixa de inflar e desinflar os pulmões.
Além disso, a dificuldade para mastigar e engolir alimentos pode trazer consequências severas.
O indivíduo ainda vai perdendo a capacidade de andar ou mover quaisquer outras partes do corpo.
As habilidades cognitivas dos pacientes seguem praticamente intactas – Stephen Hawking e suas geniais ideias são prova viva disso.
Se, por um lado, essa é uma boa notícia, por outro significa que a pessoa tem consciência da piora do quadro.
Não à toa, a esclerose lateral amiotrófica está relacionada à depressão e à ansiedade.
Diagnóstico
Antes de tudo, ele começa com um histórico detalhado dos sintomas da pessoa e uma avaliação clínica minuciosa.
Isso para descartar outras doenças com sinais parecidos aos da ELA.
Exames como a eletromiografia, que avalia a atividade elétrica das fibras musculares, e a ressonância magnética ajudam a identificar o quadro.
Há até alguns exames de sangue e urina que afastam a possibilidade de a pessoa estar, na verdade, sofrendo com outro problema que não a esclerose lateral amiotrófica.
Tratamento
Infelizmente, ainda não há remédios ou outras técnicas capazes de frear a ELA pra valer – embora a iniciativa do Desafio do Balde de Gelo tenha acelerado muito as pesquisas sobre o tema.
Hoje em dia, o tratamento consiste em amenizar os sintomas, prevenir complicações e dar suporte de vida para os casos mais avançados.
Stephen Hawking, por exemplo, tinha todo um conjunto de equipamentos para ajudá-lo a respirar, alimentar-se, comunicar-se e até se deslocar.
Há medicamentos que diminuem as cãibras, amenizam a dureza muscular e a produção exacerbada de saliva.
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Para cada sintoma, há uma opção diferente.
A fisioterapia também é fundamental para manter a autonomia do paciente pelo maior tempo possível.
Ela fortalece os músculos e garante a elasticidade dos membros, entre outras vantagens.
Já os nutricionistas entram em cena para evitar a perda de peso e a carência de nutrientes, associadas a um enfraquecimento mais acelerado.
Há técnicas para oferecer uma dieta equilibrada mesmo diante das dificuldades de mastigar e engolir.
Nos casos mais severos, é possível inserir um tubo no estômago para oferecer suplementos alimentares.
Fonoaudiólogos também podem auxiliar o portador de esclerose lateral amiotrófica a se comunicar melhor.
Enfim, o mais importante é saber que o tratamento envolve vários profissionais, que precisam se comunicar
fonte: tudo sobre ela
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