Disfunção Sexual – Afeta homens e mulheres.
O que é disfunção sexual?
Disfunção sexual refere-se à dificuldade sentida por uma pessoa ou casal durante qualquer estágio da atividade sexual, incluindo desejo, excitação ou orgasmo.
Distúrbios sexuais são usualmente diagnosticados quando são parte importante das alterações da sexualidade de um indivíduo.
Podem existir por toda a vida, ser adquiridos devido a experiências de vida ou a patologias clínicas e/ou psiquiátricas.
Dificuldades de relacionamento podem levar ao aparecimento de patologias da sexualidade humana e vice-versa.
Essas dificuldades podem ou não desencadear ansiedade na pessoa afetada, dependendo do quadro clínico e da visão que a pessoa possui sobre a importância de sexo em sua vida.
As alterações da função sexual continuam sendo altamente prevalentes e causadoras de sofrimento.
É comum que estas alterações sejam escondidas com muito conflito pela pessoa acometida, ocasionando solidão, ansiedade e sintomas de depressão.
A relação sexual é dividida em:
Fase do desejo sexual:
Consiste em fantasias de ter alguma atividade sexual, através de imagens ou sensações corporais a respeito de ato sexual, e o desejo de realizar um ato cuja descarga seja através de genitais.
A excitação sexual depende de um histórico satisfatório de relações sexuais prévias;
Fase da excitação sexual:
É acompanhada de alterações do formato e da sensibilidade dos genitais;
Fase orgástica:
Corresponde ao ápice do prazer sexual;
Fase da resolução:
Ocorre após um ato sexual prazeroso, em que aparece um relaxamento muscular generalizado.
Disfunções da fase do desejo sexual
Hipoatividade sexual:
É a disfunção mais comum dessa fase.
Existe tanto em homens quanto em mulheres.
A diminuição do desejo é percebida pelo indivíduo acometido como uma falta de desejo sexual pura e simples, por diminuição da realização de atos sexuais ou pela repulsa do parceiro como indivíduo excitante.
Ansiedade ou depressão crônica podem diminuir o desejo.
Geralmente aparece na adolescência.
Ocorre entre 15-20% das pessoas, sendo mais comum em mulheres.
Basicamente consiste na diminuição ou ausência total de desejo sexual.
A mulher não manifesta interesse por atividades sexuais ou eróticas preliminares e não sente desejo de iniciar a atividade sexual, podendo evitar que ocorra o contato físico íntimo.
Alterações hormonais, doenças endocrinológicas, ingestão de determinados medicamentos ou fatores psicológicos tais como depressão ou perturbações da ansiedade, podem contribuir para a diminuição do desejo sexual.
Aversão sexual:
É definida como evitar qualquer contato sexual genital com um parceiro.
Vergonha, culpa, experiências traumáticas no passado podem causá-la.
Drogas que alteram o desejo sexual:
Antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, benzodiazepínicos, anticonvulsivantes.
Disfunções da fase da excitação sexual
Transtorno da excitação sexual feminina:
É caracterizado pela ausência parcial ou total da lubrificação do intróito vaginal, pela incapacidade de manter o ato sexual até o fim ou pela ausência ou falha de excitação sexual.
Geralmente não conseguem obter orgasmo.
Ocorre em até 30% das mulheres.
A causa geral é a educação fortemente repressora da menina, que percebe sexualidade como similar a perigo.
Transtorno erétil masculino:
Pode ocorrer desde o começo da vida sexual, aparecer ao longo da vida ou ser situacional.
Homens mais jovens tendem a ter menos alteração da ereção do que os mais velhos.
As causas são devidas a uma condição médica que altere o fluxo sanguíneo para o pênis, uma diminuição do nível de testosterona sérica ou a causas psicológicas.
Ocorre desde uma incapacidade para ter uma ereção até ereção que não se mantém durante o coito, ou uma ereção parcial, que não permite que o pênis seja introduzido na vagina.
Drogas que causam alteração na ereção:
Antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, carbonato de lítio, antipsicóticos.
Disfunções da fase orgástica
Transtorno orgástico:
é mais comum em mulheres, sendo definido como a inibição recorrente do orgasmo.
Manifesta-se pela ausência do orgasmo durante um ato sexual em que houve previamente uma fase de excitação satisfatória.
Com o aumento da idade, aumenta a prevalência de mulheres que atingem o orgasmo.
O homem pode sentir a excitação durante o ato sexual, mas não atingir o orgasmo; pode ejacular, mas não sentir prazer subjetivo ou alívio da tensão sexual concomitante.
Drogas que causam anorgasmia:
Antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, antipsicóticos.
Ejaculação precoce:
É mais comum em homens com maior nível de instrução.
Caracteriza-se pela ejaculação antes do esperado (usualmente em menos de 2 minutos), sendo normalmente após uma estimulação sexual íntima.
É a disfunção sexual mais comum em homens afetando cerca de 30-40% dos mesmos.
Ejaculação retardada:
Disfunção mais rara, mas que afeta ainda assim bastantes homens.
É caracterizada pela incapacidade ou extrema dificuldade em atingir a ejaculação
Outras disfunções sexuais
Dispareunia:
É caracterizada por dor ou desconforto durante o ato sexual.
Ocorre tanto em homens quanto em mulheres, podendo ser causada por procedimentos cirúrgicos ou quadros de prostatite.
Vaginismo:
É uma contração do terço inferior da vagina, que impede a penetração do pênis.
Tratamento
A psicoterapia ou psicanálise tem como objetivo tratar os conflitos subjacentes à disfunção sexual.
Terapia comportamental é outra abordagem possível.
Anteriormente e em alguns países como o Brasil são utilizados efeitos colaterais de alguns remédios, como antidepressivos tricíclicos em baixas doses para tratamento da ejaculação precoce.
Fonte: Wikipédia
Uma outra abordagem sobre:
A disfunção sexual, muito conhecida por afetar os homens, também atinge muitas mulheres pelo mundo.
Esse distúrbio está diretamente ligado à falta de desejo sexual da mulher, dor durante a relação sexual, dificuldade em ficar excitada, incapacidade de atingir o orgasmo ou lubrificação insuficiente.
Mas, muitas mulheres se culpam por não alcançarem a satisfação sexual, sem saber que o motivo pode residir em um problema de saúde físico ou psicológico e acabam sofrendo ainda mais por terem vergonha de procurar ajuda médica.
Recentemente a Secretaria de Saúde de São Paulo realizou uma pesquisa no Centro de Referência e Especialização em Sexologia (Cresex) do Hospital Pérola Byington, que indicou que a falta ou redução do desejo sexual feminino afeta 48,5% das mulheres que responderam a pesquisa.
Segundo o estudo, 18% das pacientes entrevistadas afirmam ter dificuldade para sentir orgasmo, 6,9% têm níveis irregulares de desejo sexual pelo parceiro, 9,2% sentem dor durante a relação sexual e dessas, apenas 13% têm causas orgânicas para os seus problemas, como inflamações ou problemas relacionados aos hormônios.
Os fatores que desencadeiam a disfunção sexual feminina podem ter causas diversas, como depressão, estresse, doenças crônicas, infecções vaginais, inflamações no colo do útero, uso de drogas ou álcool.
Outras causas apontadas: histórico de abuso sexual, insatisfação com o parceiro causada por ejaculação precoce, disfunção erétil masculina ou até mesmo falta de diálogo entre o casal sobre o que cada um gosta mais na hora do sexo.
A cura da disfunção sexual existe, mas para ser alcançada é preciso que consultas multidisciplinares sejam realizadas, possibilitando o tratamento de possíveis causas orgânicas e psíquicas.
E claro, o apoio do parceiro é indispensável nesse momento, afinal a saúde sexual é essencial para viver bem a dois.
Fonte: Gineco