Cravos da Pele e Espinhas – Como nascem e tratamentos.
Poro bloqueado leva a acúmulo de gordura e inicia a formação da acne.
A história da espinha começa bem antes de acordarmos diante de uma grande, vermelha e desagradável surpresa no meio do rosto.
Na verdade, tudo tem início com a formação de um cravo semanas ou até meses antes de aquela espinha cheia de pus aparecer.
Os cravos nascem por dois motivos: um aumento na gordura produzida em glândulas da pele e o entupimento nos poros por onde essa gordura deveria ser liberada.
“Em geral, os poros entopem por causa da produção excessiva de queratina (substância fabricada naturalmente pelo corpo), que atrapalha a saída da gordura.
Mas produtos de beleza, principalmente os gordurosos, podem ter o mesmo efeito”, diz a dermatologista Ana Schor, da clínica Vertex, em São Paulo (SP).
A transformação de um cravo em espinha ocorre quando ele enfrenta uma infecção, uma reação do corpo à presença de bactérias no local.
Cravos da Pele e Espinhas – Como nascem e tratamentos
O problema, chamado genericamente de acne, pode aparecer em qualquer idade, mas piora na adolescência, quando atinge 80% dos jovens – o aumento no nível de hormônios no corpo incentiva a produção de gordura na pele.
Para evitar que o ciclo comece, os especialistas recomendam alguns cuidados.
O primeiro é lavar o rosto duas vezes por dia com sabonete antibactericida ou com ácido salicílico – que deixa a pele mais fina, evitando o entupimento dos poros.
O segundo é evitar o excesso de sol (que engrossa a pele) ou, quando isso for inevitável, proteger-se com filtros solares em gel, que não são gordurosos.
Também é bom ficar longe das “infalíveis” receitas caseiras, que recomendam desde pasta de dente até cremes multiuso para enfrentar as espinhas, produtos que podem causar manchas, alergias e queimaduras.
Existem, é verdade, cremes e medicamentos específicos que ajudam a controlar o problema, mas eles devem ser sempre indicados por um dermatologista.
Vale lembrar também que o chocolate não tem nada a ver com a acne.
Até hoje não há qualquer comprovação científica de que alguns alimentos provoquem espinhas.
Maldito entupimento!
1. O processo de formação de um cravo começa dentro do folículo sebáceo, uma estrutura dentro da pele onde ficam a raiz dos pelos e as glândulas sebáceas, que produzem a gordura natural que protege a pele do ressecamento.
O pelo pode ser fino e curto, por isso nem sempre é visível
2. A abertura desse folículo é um poro na pele que, quando entope, faz a gordura se acumular no local.
Quando o poro entupido é bem largo, a gordura armazenada tem maior contato com o ar e oxida, formando uma “tampinha” preta.
Esse é um cravo que geralmente não vira espinha
3. Num poro mais estreito, há menos contato da gordura com o ar, por isso não aparece o ponto preto criado pela oxidação.
Por outro lado, proliferam bactérias no local que se alimentam de gordura e não gostam muito do ar.
Nesse tipo de cravo é formado o chamado ponto branco, que, quando espremido, parece uma pasta de dente saindo do tubo.
Geralmente, é nesse cravo que se desenvolve a espinha
4. Dependendo da quantidade de bactérias que proliferam no cravo de ponto branco, o corpo pode reagir às intrusas desencadeando uma inflamação.
Quando isso acontece, forma-se o que os dermatologistas chamam de pápula: os tecidos em volta do cravo ficam inchados e vermelhos, criando uma pequena saliência dolorida no local
5. Se a inflamação for muito forte, pode ter início um acúmulo de pus, levando a espinha ao seu estágio final: a pústula.
O pus forma uma bolha acima do nível da pele, parecendo um vulcão prestes a explodir.
Apesar da tentação, espremer a espinha só piora a infecção.
Para evitar que isso ocorra e para diminuir o risco de ganhar uma indesejável cicatriz, o melhor a fazer é esperar o pus secar e a espinha sumir naturalmente
Acne na mulher adulta e como é possível tratar e reverter o quadro
A acne é uma doença inflamatória que provoca o surgimento de espinhas e, em algumas situações, manchas.
Apesar de muito comum durante a adolescência, também acomete a mulher adulta.
“O problema pode gerar impacto negativo em alguns pacientes, diminuindo a autoestima, e, por isso, o tratamento deve ser rápido e eficaz”, explicou a dermatologista Lilia Guadanhim, de São Paulo. Saiba mais!
Entenda quais são as características da acne na mulher adulta
Cravos da Pele e Espinhas – Como nascem e tratamentos
Segunda a médica, a acne na mulher adulta ocorre a partir dos 25 anos, podendo ter início nessa fase ou ser um quadro persistente desde a adolescência.
“A localização das lesões é muito característica e acontece, principalmente, na região da mandíbula e queixo.
Além disso, são inflamatórias, com pouca presença de cravos”, esclareceu.
Dermatologista explica quais mulheres desenvolvem a acne depois de adultas
De acordo com a Dra. Lilia Guadanhim, qualquer mulher pode desenvolver o quadro, porém, existem alguns fatores de risco conhecidos:
– A principal influência para a ocorrência da acne na mulher adulta é a presença de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), que causa irregularidade menstrual.
Pode estar, ou não, associada ao hiperandrogenismo – excesso de hormônios masculinos circulantes;
– Pacientes obesas, diabéticas e que tenham síndrome metabólica;
– Mulheres com história de acne na adolescência e que tenham pele oleosa são mais predispostas.
Saiba como é possível minimizar os efeitos visuais da acne
Para a dermatologista, produtos matificantes e com efeito blur ajudam a manter a pele sem aspecto oleoso, além de disfarçar os poros.
“Loções secativas também são usadas pontualmente para ajudar as pacientes a não espremer as espinhas, o que aumenta o risco de manchas e cicatrizes”, explicou.
Descubra como é realizado o tratamento da acne na mulher adulta
Segundo a médica, o tratamento pode ser feito com produtos tópicos, como retinoides, ácido azeláico, alfahidroxiácidos e peróxido de benzoíla.
“É importante lavar o rosto com sabonetes que controlem a oleosidade sem agredir a barreira cutânea.
Além disso, a associação com contraceptivos hormonais combinados costuma ser muito útil”, contou.
Procedimentos clínicos podem ser realizados a fim de acelerar a melhora, porém, não substituem o tratamento convencional.
“Peelings químicos ajudam na resolução das lesões.
Enquanto que terapias com lasers e luzes possuem ação anti-inflamatória”, concluiu.
fontes: super interessante e dermaclub