Couve de Bruxelas – Surpreende na mesa
Pouco consumida por aqui, a nutritiva couve-de-bruxelas surpreende na mesa com sua textura e formato peculiares.
Em seu aclamado livro Vegetable Book (O livro dos Vegetais, em tradução livre), a escritora inglesa Jane Grigson descreve a couve-de-bruxelas como “um elegante repolho em miniatura”.
Difícil será encontrar definição melhor que essa para falar da Brassica oleracea, a caçula da família do repolho, brócolis, couve e couve-flor, e a última das variedades botânicas dessa linhagem a ser diferenciada.
Rica em vitaminas A e C, em manganês, potássio, ferro e cálcio, a couve-de-bruxelas já era cultivada ao redor de Bruxelas, na Bélgica, por volta do século 13.
Mas a hortaliça só chegaria a outros países, como França e Inglaterra, cinco séculos depois.
Uma das primeiras receitas com ela de que se tem notícia foi publicada pela inglesa Eliza Acton em Modern Cookery for Private Families (culinária moderna para famílias), em 1845.
No livro, uma das recomendações é servir a couve-de–bruxelas com molho de manteiga.
Atualmente, o Reino Unido é o maior produtor e consumidor europeu.
A hortaliça faz parte da tradição natalina inglesa, quando é preparada com castanhas para acompanhar o peru ou a carne de caça da ceia.
Couve de Bruxelas – Surpreende na mesa
No Brasil, segundo o pesquisador Raphael Augusto de Castro e Melo, da Embrapa Hortaliças, a couve-de-bruxelas começou a ser plantada no início dos anos 80, época em que surgiram os primeiros trabalhos sobre técnicas para seu cultivo.
Ainda assim, essa pequena gema continua pouco conhecida no país, sendo plantada basicamente no Sul e Sudeste.
“No mercado brasileiro, a couve-de-bruxelas é pouco conhecida.
Devido a sua pouca importância econômica, essa cultura não tem recebido muita atenção”, explica Castro e Melo.
Por ser quase desconhecida, à primeira vista a couve-de-bruxelas pode intimidar, mas seu preparo é simples.
Ela pode ser cozida ou assada. Só é preciso evitar cozinhá-la demais.
Quando ela passa muito tempo no fogo, tende a desenvolver um odor forte, pouco agradável.
O responsável é o sulforafano, composto químico associado à prevenção de doenças.
A chef Tatiana Cardoso, do restaurante Moinho de Pedra e consultora do restaurante Gaia Natural Gourmet, testou algumas receitas com couve-de-bruxelas, mas a favorita é uma salada em que a hortaliça é cozida al dente e marinada com ervas.
“A textura da couve–de-bruxelas é diferente e costuma surpreender”, diz ela.
Receita da salada com couve de bruxelas
Receita de Tatiana Cardoso, do Gaia Natural Gourmet
Rendimento:
6 porções
Tempo de preparo:
1 hora
Ingredientes:
Molho de alecrim
- 1½ xícara de azeite de oliva;
- 1/2 xícara, mais 2 colheres (sopa) de suco de limão;
- 1/2 colher (sopa) de sal do Himalaia;
- 1/4 de xícara de mel;
- 1/2 colher (chá) de alho picado;
- 1/4 de xícara de alecrim fresco picado.
Salada:
- 1/2 xícara de couve-de-bruxelas;
- Folhas de alface escura, radicchio e rúcula;
- 1/2 xícara de cenoura finamente laminada;
- 1/2 xícara de nabo finamente laminado;
- 1/2 xícara de rabanete, cortado em meia-lua;
- 1/2 xícara de cogumelos-de-paris frescos, laminados;
- Manjericão a gosto.
Como preparar:
– Cozinhe as couves-de-bruxelas em água fervente por alguns minutos até que estejam al dente.
– Retire-as do fogo e passe pela água fria para parar o cozimento.
– A seguir, corte-as ao meio e deixe marinar no molho por cerca de 30 minutos.
– Lave e seque as folhas de alface, radicchio e rúcula.
– Rasgue-as em pedaços de cerca de 5 cm e disponha as folhas em uma grande travessa de servir.
– Com uma pinça, ou escumadeira, retire as couves-de-bruxelas do molho e coloque uniformemente sobre a salada.
– Acrescente os vegetais restantes sobre as folhas e finalize com os cogumelos e manjericão.
– Sirva com o molho de alecrim.
fonte: casa e jardim