Avós no desenvolvimento social e cognitivo dos netos.
Os pais costumam dizer que os avós “estragam” os netos.
É na casa deles que as crianças comem doce antes do almoço ou do jantar, que acordam depois da hora e que podem fazer tudo o que os pais não deixam.
Porém, pesquisas indicam que a presença dos avós na vida dos netos impacta no desenvolvimento social, cognitivo e na construção de valores das crianças.
De acordo com Dra. Karina Weinmann, neuropediatra e cofundadora da NeuroKinder, o fato mais marcante da relação dos netos com os avós é que a criança sente uma liberdade diferente na presença dos avós e estes, por outro lado, podem realizar todos os desejos dos netos sem sentir nenhuma culpa ou responsabilidade, já que educar é uma missão dos pais.
“Para a criança é importante ter alguém que dê carinho sem cobrar ou sem impor limites tão rígidos quanto os dos pais.
Isso é saudável e ajuda no desenvolvimento das emoções.
De acordo com uma pesquisa da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, as crianças crescem mais felizes e ajustadas quando os avós têm um papel importante em sua educação, podendo até ajudá-las a superar traumas.
Para a criança é uma maneira de se sentir segura e amada, além de aumentar sua autoestima”, explica Dra. Karina
Benefícios são mútuos
Avós no desenvolvimento social e cognitivo dos netos
Os benefícios dessa relação são mútuos, já que para os idosos conviver com os netos pode contribuir para o processo de envelhecimento, fortalecer o vínculo afetivo, ocupar o tempo e diminuir o sentimento de solidão.
“Na sociedade atual é interessante notar que os avós acabam se tornando amigos dos netos e usam até mesmo as tecnologias para se aproximar, como os aplicativos e mídias sociais.
É um processo coeducativo em que as gerações se influenciam e se educam ao mesmo tempo”, diz Viviani Zumpano, neuro psicopedagoga e parceira da Neurokinder.
Além disso, muitas vezes a criança percebe na casa dos avós um espaço familiar seguro e estável, o que ajuda na experiência de entender o que é família e o que é ser membro de uma.
Ao mesmo tempo em que os avós cumprem essa missão de edificar nas crianças o vínculo familiar, a relação com os netos serve como um incentivo à autonomia.
“Isso porque a relação entre netos e avós é tão íntima que gera confiança e segurança para que as crianças façam escolhas na vida e saibam que o erro faz parte e que sempre encontrarão um consolo carinhoso dos avós quando isso acontecer”, diz Viviani.
Conflitos de gerações
Naturalmente, é importante que os avós não desautorizem os pais, pois isso pode confundir a criança.
Ao mesmo tempo, os filhos precisam entender que o papel dos avós não é o de educar, nem de disciplinar, mas sim de fornecer um amor incondicional aos netos, aproveitando para permitir tudo aquilo que era proibido aos próprios filhos, essa é a magia dessa relação”, comenta Dra. Karina.
Para Viviani, ser avó ou avô muitas vezes significa rever e reformular o relacionamento existente com os próprios filhos, reacender a lembrança daqueles que foram seus próprios avós e se preparar para essa experiência inexorável.
Segundo a especialista, na fase da infância é ideal que a criança possa conviver o máximo de tempo possível com os avós, uma vez que na adolescência e na idade adulta, os próprios compromissos da vida acabam impactando nesse convívio.
“Além disso, o vínculo afetivo entre avós e netos reforça o sentimento de “pertencer” dentro da família, pois é nesta relação que o passado e futuro se encontram, oferecendo o sentimento de perpetuação da família”, diz Viviani.
Se você não tem filhos, mas ainda tem avós, lembre-se de sua infância e das melhores lembranças.
Certamente parte delas terá relação com seus avós.
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Faça uma visita a eles, aproveite para dizer o quanto os ama, recordar as brincadeiras que faziam juntos e o quanto eles foram importantes para você.
E tenha certeza, não importa a sua idade, eles sempre estarão prontos para dar todo o amor do mundo a você!
fonte: neurokinder