Alongamento- Melhora qualidade de vida na terceira idade.
Exercícios estimulam os músculos a retardar o processo de encurtamento.
Espreguiçar está entre uma das melhores sensações que o corpo pode experimentar.
Isso porque os exercícios que estimulam o alongamento dos músculos provocam prazer, bem-estar e, ainda, retardam o processo natural de encurtamento da massa muscular.
Com o passar dos anos, é normal que a flexibilidade e a elasticidade diminuam, por isso, o alongamento é recomendado e não tem contraindicação.
É o próprio corpo que avisa qual é o limite para parar e quando é possível ir além.
Quem tem mais de 50 anos e já percebe que os músculos não são mais tão flexíveis, deve alongar, pelo menos, três vezes na semana.
No entanto, se respeitado os limites que o corpo dá, o exercício pode ser feito todos os dias – afirma o educador físico Eduardo Schmitz.
Especialista em envelhecimento humano, Schmitz explica que o alongamento é fundamental para a qualidade de vida e aptidão física da terceira idade.
O exercício reduz as tensões e a rigidez muscular ao mesmo tempo em que relaxa.
Autonomia e independência para dar conta de todas as tarefas diárias são as características que garantem a qualidade de vida.
Alongar vai contra o declínio natural do organismo, por isso quem estica o corpo todos os dias pode ter uma aparência mais jovem e mais disposição.
– Com o tempo, amarrar os sapatos, estender a roupa, alcançar um objeto, subir escadas podem se tornar tarefas mais difíceis de serem executadas.
Alongar faz com que essa dificuldade demore a aparecer ou nem apareça.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a terceira idade deve seguir três pilares para ter um envelhecimento saudável: atividade de força, como musculação e treinamento funcional; atividade aeróbica, como natação, caminhada e corrida; e alongamento.
A recomendação da OMS é de que os exercícios sejam distribuídos em 150 minutos por semana.
Isso significa 30 minutos de exercício em cinco dias da semana.
Alongamento- Melhora qualidade de vida na terceira idade
Não pode doer
Para garantir um alongamento completo, braços, tronco e pernas devem ser esticados até o limite que o corpo impõe. A dor é um sinal de que a fronteira foi ultrapassada.
– A progressão deve ser feita aos poucos.
O corpo “diz” quando o músculo foi esticado ao máximo.
O alongamento deve causar tensão, nunca dor – comenta Schmitz.
O professor explica ainda que alongamento e aquecimento são duas coisas bastante diferentes.
O primeiro trabalha a elasticidade dos músculos, o segundo aquece e prepara o corpo para outra atividade.
Esticando o cérebro
Alongar os músculos provoca uma enorme sensação de bem-estar.
A tensão do alongamento faz o cérebro entender que precisa desse movimento para voltar a sentir esse prazer.
O alongamento estimula o cérebro a se exercitar também.
Embora não seja um exercício que aumenta a frequência cardíaca – que melhora a oxigenação de organismo -, o alongamento estimula o metabolismo, combate inflamações e melhora a capacidade cognitiva.
5 alongamentos para idosos simples de fazer
Conheça os benefícios da prática de alongamentos para idosos e inclua a prática na rotina.
A idade chega e, infelizmente, cobra o seu preço.
Ninguém consegue evitar o declínio funcional do organismo à medida que os anos se acumulam.
Fatores como equilíbrio, flexibilidade, coordenação motora e força muscular acabam sofrendo um decréscimo significativo com a passagem do tempo.
No entanto, é possível amenizar os efeitos do envelhecimento com a prática de exercícios físicos e adotando uma dieta saudável.
Outra recomendação frequente são os alongamentos para idosos, que podem ser executados em casa e em diferentes períodos do dia.
Benefícios dos alongamentos para idosos
Normalmente, os alongamentos em geral são indicados para quem está iniciando ou terminando um exercício físico, pois a prática contribui para aumentar a flexibilidade dos músculos, prevenindo lesões e aumentando a amplitude dos movimentos.
Mas os benefícios da atividade não ficam restritos às academias ou pistas de atletismo: é possível incorporar os alongamentos ao dia a dia.
Ao auxiliar a retardar o processo de envelhecimento e contribuir para a aumentar a disposição para tarefas simples do cotidiano, os alongamentos para idosos assumem um aspecto indispensável ao bem-estar na terceira idade.
Além disso, podem contribuir para prevenir lesões e diminuir dores musculares, potencializando a sensação de autonomia, sempre tão valorizada nesse período da vida.
Antes de começar a praticar os alongamentos para idosos, defina com critérios específicos o momento do dia que você irá realizar aos exercícios.
É preciso ter disciplina para seguir a rotina e perceber os resultados.
Se você não se doutrinar, esperando surgir “brechas” para incluir os alongamentos na rotina, é muito provável que acabe se esquecendo ou seja vencido pela preguiça.
Há quem prefira executar os movimentos na cama, de manhã, para despertar o corpo e prepará-lo para as tarefas do dia.
Outras pessoas optam por alongar-se à noite, como medida para desacelerar o organismo e possibilitar um sono mais consistente.
Não hesite em testar e experimentar: apenas assim você descobrirá qual o processo mais adequado para o seu perfil.
Trata-se de uma sequência básica de movimentos para o pescoço e para os membros inferiores e superiores.
Com o tempo, você pode incluir outras opções na lista de atividades físicas.
Na dúvida, procure um profissional de educação física especializado em lidar com exercícios e alongamentos para idosos.
Alongamento- Melhora qualidade de vida
Exercício 1
Em pé, flexione o cotovelo direito e, com a palma da mão na orelha esquerda, faça um movimento suave para o lado.
Mantenha a posição por 15 segundos e repita do outro lado.
Exercício 2
Em pé, com as pernas afastadas, estique as mãos acima da cabeça, em direção ao céu.
Espreguice-se e mantenha a postura esticada. Conte 15 segundos e retorne à posição inicial.
Exercício 3
Em pé, com as pernas afastadas, estique o braço direito para o lado esquerdo, na mesma linha da altura do ombro.
Com a mão esquerda, pressione o cotovelo direito e permaneça nessa posição por 15 segundos.
Repita do outro lado.
Exercício 4
Em pé, com as pernas afastadas, projete o corpo para a frente, dobrando a coluna.
Segure a ponta de um dos pés com a mão do mesmo lado do corpo, estendendo o joelho e alongando o tornozelo.
O joelho da outra perna deve estar flexionado para garantir a estabilidade durante o movimento.
Conte pelo menos 15 segundos e retorne à posição inicial.
Repita do outro lado.
Exercício 5
Sentado, com as pernas unidas e o mais esticadas possível, flexione o corpo para a frente, até que as mãos se aproximem o máximo possível da ponta dos pés – se possível, segure a sola do sapato ou os dedos do pé.
Conte 15 segundos.
Veja também no Portal AVôVó: