Babosa ou Aloe Vera e as propriedades medicinais.
A babosa (Aloe vera) é uma planta medicinal extremamente conhecida e utilizada no mundo inteiro.
Benefícios da babosa
A babosa é um agave em formato de cacto, conhecida mundialmente pelo seu poder de cura e diversas propriedades medicinais, principalmente quando age sobre a pele.
Muitas queimaduras de grau elevado tratadas com Aloe vera conseguem evoluir para uma queimadura de menor grau em poucos dias.
Pode ser utilizada de várias formas, incluindo suco, gel, creme, pomadas, cápsulas, tônico e até mesmo em sua forma natural.
A Aloe vera/Aloe barbadensis faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS).
A efetividade da Aloe quanto ao uso externo (aplicação tópica) é unânime.
Sobre a pele, as substâncias contidas na babosa agem formando uma camada protetora e refrescante, com amplo uso cosmético e medicinal.
A babosa também é muito útil para o tratamento de cortes e feridas, acne, coceiras, manchas na pele, picadas de insetos, dores musculares, problemas digestivos, artrite, sinusite e asma, além do já citado combate eficiente à queimaduras, seja por fogo ou raios solares.
Os principais componentes da babosa (aloína, aloeferon, aloetina e barbalodina) são responsáveis pelas propriedades cicatrizantes, além de características tônico-digestivas e laxantes.
Na África, caçadores esfregam o suco de babosa em seus corpos para reduzir a transpiração e mascarar o cheiro humano.
Ela é uma das plantas mais adaptáveis e fáceis de se desenvolverem.
Porém, deve-se tomar cuidado, vez que as folhas, quando utilizadas em grandes quantidades, podem causar náuseas e vômitos.
Fito cosmético
A indústria cosmética vê a Aloe vera como base e fito cosmético para vários produtos de beleza, tais como cremes faciais e capilares, limpadores de pele, fortalecedor do couro cabeludo e desodorantes.
Ajuda também a combater a caspa, previne contra as rugas hidratando peles ressecadas e flácidas e, aplicada como loção pós-barba, age como um ótimo suavizante para a pele.
Propriedades da babosa no tratamento de cânceres
Quanto a utilidade da babosa no tratamento do câncer, alguns estudos já concluíram que a planta fortalece o sistema imunológico e tem ação anti-inflamatória e antiviral (inclusive inibindo a multiplicação do vírus da AIDS).
Algumas pesquisas isoladas mostraram que os oligossacarídeos presentes na composição ajudam a combater as células malignas.
Algumas pesquisas sugerem que os princípios ativos se encontram no gel mucilaginoso das folhas da babosa e não na casca da folha.
Babosa ou Aloe Vera e as propriedades medicinais
Contraindicações e efeitos colaterais da babosa
Alguns componentes possuem propriedades emenagogas (aumentam o fluxo sanguíneo), por isso o uso é contraindicado durante a gravidez.
Em doses altas, pode provocar vômitos e se transformar num purgativo drástico, sendo totalmente desaconselhável seu uso em crianças, onde os efeitos colaterais podem ser potencializados.
O uso também é não é indicado em casos de afecções renais, apendicites, cistite, enterocolites, hemorroidas, prostatite e varizes.
O uso interno prolongado provoca hipocalemia e favorece o surgimento de hemorroidas.
O consumo não deve ser indiscriminado, vez que pode provocar dores abdominais, fortes diarreias (muitos defensores do agave afirmam ser o “efeito limpeza”).
Em doses muito elevadas, pode causar inflamação nos rins.
História e curiosidades
O nome do gênero Aloe seria originário do hebraico halal ou do arábico alloeh, que significa substância amarga, brilhante e recorre ao gel da babosa.
O nome da espécie vem do latim vera (= verdadeira).
Ao que tudo indica, ela é considerada uma planta poderosa há muito tempo.
A evidência mais antiga do uso da babosa mais antiga foi encontrada em um tablete de barro na Mesopotâmia, datado de 2.100 a.C, segundo um estudo da Atherton High School. Referências para seu uso como um agente curativo podem ser achadas também nas culturas dos antigos egípcios, chineses, gregos, indianos e também na literatura cristã.
Antigos muçulmanos e judeus acreditavam que a babosa representava uma proteção para todos os males e, por isso, usavam as folhas até penduradas na porta de entrada da casa.
Alexandre o Grande teria conquistado as Ilhas de Socotorá, no Oceano Índico (século IV a.C.), porque lá crescia abundantemente um tipo de agave que produzia uma tinta violácea.
Há quem diga, entretanto, que o conquistador conhecia os poderes cicatrizantes da babosa e seu principal interesse nas ilhas era ter plantas suficientes para curar os ferimentos dos seus soldados após as batalhas.
Lendas também indicam que a agave era um dos segredos da beleza de Cleópatra.
fonte: medicina natural