Festas juninas – Comidas típicas e muita tradição.
A festa de Juno – a esposa de Júpiter.
A festa junina começou como uma celebração não católica, passou a ser símbolo da igreja e hoje conquista quase todas as pessoas.
Não importa sua crença, a fogueira, as comidas e todo folclore envolvido são muito atrativos.
O Família Avôvó abre as portas para as tradicionais festas juninas, elas acontecem em todo o país e acolherem todos os tipos de povos.
A comida é tipicamente nacional e as tradições já foram tão absorvidas que fazem parte do imaginário brasileiro.
Junho está começando e a dica de hoje é ser feliz, dançando e rindo a luz da fogueira.
A festa junina tem muita história e muito mais antiga do que alguns pensam.
Elas surgiram na Antiga Europa, há muitos séculos atrás – em tempos que parecem extremamente distantes, mas deixaram marcas fortes na sociedade atual.
As festas aconteciam durante o solstício de verão para comemorar o início da colheita — faz sentido a quantidade excessiva de comida e bebida — e eram organizadas pelos celtas, egípcios e outros povos.
Uma das deusas homenageadas era Juno, esposa de Júpiter, e as festas eram chamadas de “junônias”.
O catolicismo ainda não figurava como a religião mais popular na Europa, mas entraria na história para mudar tudo.
O catolicismo passou a ganhar cada vez mais fiéis na Europa e a data coincidia com o nascimento de João Batista, primo de Jesus Cristo.
A Igreja Católica cristianizou a data, instituindo homenagens aos três santos do mês.
Na época a igreja fazia muitos movimentos políticos para transformar as tradições mais comuns entre a população em festas cristãs.
As comemorações passaram a se chamar de “joaninas” (por causa de João) e os primeiros países a comemorá-las foram Portugal, Itália, França e Espanha — e até hoje elas são muito importantes no Norte da Europa.
Não se sabe se o nome “junina” é uma adaptação que veio com o tempo ou se mudou porque a festa é comemorada no mês de junho.
Festas juninas – Comidas típicas e muita tradição
Não sabemos a origem do nome, mas sabemos que muitos países contribuíram para chegarmos a uma festa tão rica.
Por exemplo, os franceses nos deram a dança, os portugueses e espanhóis introduziram as fitas na dança e outras culturas foram acrescentando coisas e tradições.
Todos devem saber, no caso brasileiro, como essa tradição atravessou o mar: a festa junina foi trazida para o Brasil pelos portugueses durante o período colonial.
Por coincidência, os índios que habitavam o nosso país realizavam rituais nessa mesma época de junho para celebrar a agricultura – o mundo estava separado, mas o homem primitiva, vivendo sob a necessidade de uma colheita perfeita, acontecia o mesmo aqui e na Europa e -, com a vinda dos jesuítas, as festas se fundiram e os pratos passaram a utilizar alimentos nativos, as famosas raízes indígenas, como mandioca, além do milho.
Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão.
O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio.
Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos.
Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades.
Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.
Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento.
Pamonha, curau de milho verde, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
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Principais tradições
As tradições fazem parte das comemorações.
O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas.
Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, e dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros.
Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades.
Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste é tradicional a realização de quermesses.
Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas.
Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes.
A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Festas juninas – Comidas típicas e muita tradição
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar.
No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”.
Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta.
As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.
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