Tipos de Maracujá e as suas principais características.
O maracujazeiro é uma planta tropical, com ampla variabilidade genética.
Segundo Vanderplank (1996), a família Passifloraceae é formada por 18 gêneros e 630 espécies, sendo o gênero Passiflora o mais importante economicamente, composto de 24 subgêneros e 465 espécies.
Lopes (1994) cita que no Brasil são encontrados os gêneros Dilkea e Passiflora e que de 100 a 200 espécies deste último gênero são autóctones, marcadamente do centro-norte do País.
Entre tantas espécies diferentes, nem todas produzem frutos comestíveis e aproveitáveis.
E apenas um pequeno número consegue ocupar espaços nos grandes mercados fruteiros nacionais e internacionais.
Tipos de Maracujá e as suas principais características
As mais conhecidas e de maior aplicação comercial são basicamente duas:
O maracujá-amarelo (passiflora edulis f. flavicarpa) e o
Maracujá-roxo (passiflora edulis), variedades de uma mesma espécie, de formato redondo quase perfeito; e o maracujá-doce (passiflora alata) que tem a forma semelhante à de um pequeno mamão.
Maracujá amarelo ou azedo
O maracujá-amarelo ou maracujá-azedo é o mais conhecido pelos brasileiros.
Seus frutos podem ser obtidos quase o ano inteiro, principalmente no norte e no nordeste do país.
Esse maracujá, amarelo da cor do sol que ele tanto aprecia, possui inúmeras sementes pequenas de cor amarronzada.
Quando sua casca enruga completamente, então, é a melhor hora para aproveitar o sabor suculento e azedinho de sua polpa.
O maracujá-amarelo é a variedade que apresenta maior produtividade, sendo ideal para doces, geleias, batidas, sucos, refrescos e sorvetes, adoçados à vontade e a gosto.
Veja mais: Saiba para que ser e os benefícios do maracujá amarelo, clicando aqui.
Maracujá roxo
O maracujá-roxo, é redondo e menor que o maracujá-amarelo.
Reputado como menos ácido do que o outro, o maracujá-roxo é delicioso para o consumo in natura.
Prefere os climas subtropicais como os da África do Sul, Austrália e do sul do Brasil.
Pesquisas e experimentos desenvolvidos ultimamente têm conseguido aumentar a doçura dos maracujás destinados à produção industrial de sucos engarrafados, ampliando também o peso e o rendimento da fruta, além de torná-los cada vez mais resistente às doenças.
Saiba mais: Os benefícios e características do Maracujá roxo, clicando aqui.
Maracujá doce
O maracujá-doce, embora originário do Brasil, é o menos conhecido, produzido e consumido pelos brasileiros.
Sua polpa doce, de forte e agradável perfume, é até mesmo um pouco enjoativa quando processada na forma de suco e, por esse motivo, ele costuma ser consumido quase exclusivamente in natura.
Além das espécies de maracujá normalmente cultivadas, existem centenas de outras espécies silvestres encontradas em ambientes, climas e solos extremamente diversificados.
Algumas delas, desconhecidas dos mercados internacionais e das grandes cidades, são cultivadas exclusivamente em pomares caseiros e em estações experimentais, apresentando uma imensa variedade e delicadeza de sabores e aromas.
No Brasil, destacam-se, entre outros, o excepcional maracujá-açu, maracujá-melão ou maracujá-mamão, também conhecido como badea ou granadilha gigante, na América espanhola.
Tipos de Maracujá e as suas principais características
Maracujá-açu
Espécie nativa do norte do Brasil, o maracujá-açu dificilmente medra fora da região amazônica.
Sua principal característica é o tamanho do fruto, alongado e de grandes dimensões, chegando a pesar até 3 quilos.
De casca amarelo-clara, levemente esverdeada, de polpa consistente e mais espessa do que a das espécies mais comuns, do maracujá-açu aproveita-se quase toda a fruta, exceto a fina casca.
Por esse motivo, o maracujá-açu torna-se ideal para o fabrico de doces, mousses e sorvetes.
Maracujá-maçã ou maracujá-de-osso
Outra espécie de maracujá que se destaca, especialmente pela forma com que ocorre a sua frutificação e pela beleza e exotismo da flor e do fruto, é o Passiflora maliformis, também conhecido como maracujá-maçã ou maracujá-de-osso.
A flor desse maracujá, grande e perfumadíssima, apresenta uma coloração verde-creme, pontilhada de minúsculas listras violetas.
Quando polinizada, as três abas que separam a flor de seu caule, fecham-se sobre ela e o fruto começa a crescer ali dentro, protegido por uma capa de cor creme-esverdeada.
Essa capa tem a importante função de proteger a flor e a fruta dos enxames de insetos atraídos por seu perfume e doçura, frutificação, os ramos dos maracujazeiros ficam repletos de saquinhos contendo os pequenos frutos.
Bastante doce, a polpa desse maracujá é, no entanto, difícil de se obter: sua casca, extremamente resistente e dura, não se rompe com facilidade, nem com as mãos, nem com facas afiadas, sendo necessário batê-la com vigor, muitas vezes, até mesmo com o auxílio de um martelo.
Maracujá-da-serra ou maracujá-ametista
Fruto nativo da Serra do Mar e de outras regiões serranas de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Trata-se de espécie de excepcional beleza, em especial pelo colorido de sua flor, que apresenta a mesma e preciosa cor ametista da mais brasileira das pedras semipreciosas.
Maracujá-tomé-açu
Um outro exemplo da beleza delicada e do exotismo dos frutos e das flores-da-paixão nativos da América Latina é a trepadeira onde nasce o maracu-já-tomé-açu (Passiflora coccínea).
Planta habitante de uma extensa região que vai desde as Guianas até o Estado do Rio Grande do Sul, esse maracujá distingue-se por suas flores de coloração vermelho-escar ate, cujos filamentos apresentam uma variação de cores que vão da púrpura ao cor-de-rosa e ao branco.
Além disso, seu fruto ovalado, de pequenas dimensões e de coloração alaranjada com estrias verde-claras, assemelha-se a um pequeníssimo e curioso melão.
Fonte: Fruticultura