Seis parábolas sobre a vida para você curtir.
Para ilustrar um pouco o que é a vida e porque ela deve continuar, elegemos 6 parábolas que tratam exatamente alguns descaminhos e ou dadas situações que mostram que as atitudes para cada situação que se apresenta, devemos ter atitudes ou expectativas em função do outro que está dentro do contexto.
Em assim sendo, olhar para si próprio e por fim, analisar a questão e decidir pelo qual caminho será o melhor.
Com o passar do tempo o mais importante é manter os sonhos intactos.
Ter a certeza de que na vida, mais cedo ou mais tarde todos se irão realizar!
É importante olhar para o passado e ver que não há nada a dizer ou a refazer, para que assim, se possa imaginar o futuro como um longo e belo caminho cheio de alegria, felicidade e muita amizade!
Frequentemente encontramos o nosso destino nos caminhos que seguimos para o evitar!
Portanto, não vale a pena tentarmos fugir, tentarmos nos enganar pois na vida há verdades que, inevitavelmente e irremediavelmente, mais cedo ou mais tarde teremos que aceitar!
E se a saudade bater à porta, não há motivo para desanimar…porque a saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena!
Através das 6 parábolas sobre a vida a seguir, nota-se perfeitamente todo esse sentimento de aprender, amar e viver intensamente.
Seis parábolas sobre a vida:
Construindo pontes
Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.
O que começou com um pequeno mal-entendido, explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.
– Estou procurando trabalho.
Sou carpinteiro.
Talvez você tenha algum serviço para mim.
Disse-lhe o fazendeiro:
– Sim, claro!
Vê aquela fazenda ali, além do riacho?
É do meu irmão mais novo.
Nós brigamos e não posso mais suportá-lo.
Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro?
Pois use para construir uma cerca bem alta.
– Acho que entendo a situação – disse o carpinteiro.
– Mostre-me onde estão a pá e os pregos.
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.
O homem ficou ali, trabalhando o dia inteiro.
Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez da cerca, uma ponte foi construída ligando as duas margens do riacho.
Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido:
– Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei!
Mas, ao olhar novamente para a ponte, viu o seu irmão se aproximando de braços abertos.
Mas permaneceu imóvel do seu lado do rio.
O irmão mais novo então falou:
– Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.
De repente, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se no meio da ponte.
O carpinteiro começou a fechar a sua caixa de ferramentas.
– Espere, fique conosco!
Tenho outros trabalhos para você!
E o carpinteiro respondeu:
– Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir…
Como as coisas seriam mais fáceis se parássemos de construir cercas e construíssemos pontes com nossos maridos, esposas, pais, filhos, irmãos, familiares, amigos, colegas de trabalho e principalmente nossos inimigos…
Muitas vezes desistimos de quem amamos por causa de mágoas e mal-entendidos.
Deixemos isso de lado.
Ninguém é perfeito.
Mas alguém tem que dar o primeiro passo…
Corações distantes
Um dia, Meher Baba perguntou aos seus discípulos:
– Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
Os homens pensaram por alguns momentos…
– Porque perdemos a calma, disse um deles.
Por isso, gritamos.
– Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao teu lado? – Questionou Baba.
Não é possível falar-lhe em voz baixa?
Por que gritas a uma pessoa quando estas aborrecido?
Os homens deram algumas respostas, mas nenhuma delas satisfazia ao Baba.
Finalmente, ele explicou:
– Quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poder escutar-se.
Quanto mais aborrecidas estejam, mais forte terão que gritar para escutar-se um ao outro através desta grande distância.
Em seguida, Baba perguntou:
– O que sucede quando duas pessoas se enamoram?
Elas não gritam, mas sim, se falam suavemente, por quê?
Porque seus corações estão muito perto.
A distância entre elas é pequena.
Baba continuou:
– Quando se enamoram acontece mais alguma coisa?
Não falam, somente sussurram e ficam mais perto ainda de seu amor.
Finalmente, não necessitam sequer sussurrar, somente se olham e isto é tudo.
Assim é quando duas pessoas que se amam estão próximas.
E concluiu, dizendo:
– Quando discutirem, não permitam que seus corações se afastem.
Não digam palavras que os distanciem mais.
Chegará um dia em que a distância será tamanha que não mais encontrarão o caminho de volta.
Seis parábolas sobre a vida para você curtir
Descubra você
Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.
Sorria.
Mas não se esconda atrás deste sorriso.
Mostre aquilo que você é. Sem medo.
Existem pessoas que sonham.
Viva. Tente.
Felicidade é o resultado dessa tentativa.
Ame acima de tudo.
Ame a tudo e a todos.
Deles depende a felicidade completa.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distância e, sim uma aproximação.
Aceite.
A vida, as pessoas.
Faça delas a sua razão de viver.
Entenda os que pensam diferentemente de você.
Não os reprove.
Olhe à sua volta, quantos amigos… Você já tornou alguém feliz?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Não corra… Para que tanta pressa?
Corra apenas para dentro de você.
Sonhe, mas não transforme esse sonho em fuga.
Acredite!
Espere!
Sempre deve haver uma esperança.
Sempre brilhará uma estrela.
Chore!
Lute!
Faça aquilo que você gosta.
Sinta o que há dentro de você.
Ouça… Escute o que as pessoas têm a lhe dizer.
É importante.
Faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo…
Mas não se esqueça daqueles que não conseguiram subir a escada da vida.
Descubra aquilo de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente.
Eu também vou tentar.
O amor é um jardim
Um esposo foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava sua esposa e que pensava em separar-se.
O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma palavra:
– Ame-a – e logo se calou.
– Mas já não sinto nada por ela!
– Ame-a – disse-lhe novamente o sábio.
E diante do desconcerto do senhor, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte:
– Amar é uma decisão, não um sentimento.
Amar é dedicação e entrega.
Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.
O amor é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.
Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim.
Ame seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê-lhe afeto e ternura, admire-o e compreenda-o.
Isso é tudo.
Ame!
A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avaro.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz ridículo.
A autoridade sem amor, te faz tirano.
O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia.
A oração sem amor, te faz introvertido.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta.
A fé sem amor te torna fanático.
A cruz sem amor se converte em tortura.
A vida sem amor… não tem sentido.
O olhar pela janela
Um casal de recém-casados mudou-se para um bairro muito tranquilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
– Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo.
Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado.
Dias depois, novamente durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
– Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos!
Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos.
Empolgada, foi dizer ao marido:
– Veja, ela aprendeu a lavar as roupas.
Será que a outra vizinha ensinou?
Porque eu não fiz nada.
O marido calmamente respondeu:
– Não. Hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
Tudo depende da janela através da qual observamos os fatos.
Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir.
Verifique seus próprios defeitos e limitações.
Devemos olhar, antes de tudo, para nossa própria casa, para dentro de nós mesmos.
Só assim poderemos ter noção do real valor de tudo à nossa volta.
O monge e o escorpião
Um monge e seus discípulos seguiam por uma estrada.
Quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.
O monge correu pela margem do rio, adentrou a água e tomou o bichinho na mão.
Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.
Foi então à margem do rio, tomou um ramo de árvore, correu adiantando-se à correnteza, entrou, recolheu o escorpião e o salvou.
Ao voltar, o monge juntou-se aos discípulos na estrada.
Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e sem entender nada.
Então, perguntaram:
– Mestre, deve estar doendo muito!
Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso?
– Que se afogasse! Seria um a menos!
– Veja como ele respondeu à sua ajuda!
Picou a mão que o salvara!
– Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:
– Ele agiu conforme sua natureza, e eu, de acordo com a minha.
Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro.
Apenas podemos melhorar nossas próprias reações e atitudes, pois é certo que cada um dá o que tem e o que pode.
Cada qual conforme sua natureza, e não conforme a do outro.