Respiração na terceira idade. O que muda?
Um declínio gradual na função respiratória começa no período inicial até o médio da vida adulta e afeta a função e estrutura do sistema respiratório.
O aparelho respiratório do recém-nascido inicia sua função quando se corta o cordão umbilical, em seguida falta oxigênio para os tecidos.
Em geral os animais fazem algum esforço respiratório (como o choro dos humanos) e ocorre um ingresso forçado de ar nos pulmões e que vão representar o chamado “ar residual” nos pulmões adultos pelo fato de dilatar os alvéolos que até então se encontravam colabados (colapso).
Aparentemente os pulmões também entram em funcionamento pelo fato de o corte com o cordão umbilical aumentar a tensão de CO2 e estimular o centro respiratório (bulbar); outra enfermidade gerada em nível pulmonar é a deficiência da substância denominada surfactante que forra internamente os alvéolos.
Tal substância é a dipalmitoil-lecitina (um fosfolipídio) que permite a passagem dos gases respiratórios, oxigênio e gás carbônico, por meio das paredes alveolares.
Sua ausência conduz a uma enfermidade letal em poucas horas e é denominada “doença da membrana hialina”; aparentemente esta falta de surfactante se deve a uma deficiência de cortisol materno-fetal para amadurecimento de vários tecidos fetais, inclusive do aparelho respiratório.
A capacidade vital dos pulmões e a força da musculatura respiratória atingem o máximo entre 20 e 25 anos de idade e diminuem depois disso.
Respiração na terceira idade
Com o envelhecimento (40 anos ou mais), as alterações acontecem nos alvéolos, as quais reduzem a área de superfície disponível para troca de oxigênio e dióxido de carbono.
Em torno dos 50 anos de idade, os alvéolos começam a perder elasticidade.
Uma diminuição na capacidade vital ocorre com a perda da mobilidade da parede torácica, restringindo assim, o fluxo de ar corrente.
A quantidade do espaço morto respiratório aumenta com a idade.
Essas alterações resultam em uma capacidade de difusão diminuída para o oxigênio conforme a idade, produzindo menores níveis de oxigênio na circulação arterial.
As pessoas idosas possuem uma capacidade diminuída de mover o ar com rapidez para dentro e para fora dos pulmões.
De acordo com Matsudo (1992) em ordem de prioridade, consideramos que, após o impacto das alterações do sistema neuromuscular na mobilidade e capacidade funcional do idoso, as alterações do sistema cardiovascular e respiratório exercem um impacto negativo nessas variáveis da saúde e qualidade de vida do idoso.
Respiração na terceira idade
Algumas das alterações respiratórias, descritas na literatura, e que também podem afetar o condicionamento físico são:
– Diminuição da capacidade vital (sem alteração na capacidade pulmonar total),
– Diminuição do volume expiratório forçado,
– Aumento no volume residual,
– Aumento do espaço morto anatômico,
– Aumento da ventilação,
– Durante o exercício,
– Menor mobilidade da parede torácica,
– Diminuição da capacidade de difusão pulmonar,
– Perda de elasticidade do tecido pulmonar e decréscimo da ventilação expiratória máxima.
fonte: portal da educação