O que mudou quando você era mãe versus hoje.
Nada é definitivo, e a ciência está sempre tentando melhorar suas conclusões.
O que era certo quando você criou seu filho hoje pode ser totalmente desaconselhado.
Se você vai ter ou já tem um neto, confira o que mudou nas últimas décadas no cuidado com bebês.
Você pode se surpreender.
Dormir só de barriga para cima
Especialistas associaram a posição de bruços para dormir à misteriosa morte súbita de recém-nascidos e bebês até 6 meses.
Por isso, a recomendação atual é que bebês só sejam colocados para dormir de barriga para cima.
A posição de lado também é desaconselhada, porque o bebê pode se virar.
De barriga para cima, o bebê manterá a cabeça de lado, o que reduz o risco de ele engasgar se regurgitar.
Se o bebê tiver dificuldade para dormir de barriga para cima, pode-se tentar a técnica de enrolá-lo.
Leia mais sobre a posição recomendada para o bebê dormir.
Berço de grade fixa, sem kit nem travesseiro
As recomendações de segurança para o sono do bebê mudaram.
Especialistas consideram que travesseiros e qualquer tipo de almofada, como os famosos kits de berço que eram praxe nas decorações do quarto do bebê, não são seguros, pois aumentam o risco de morte súbita do lactente.
Os berços de grade móvel, que buscavam facilitar o acesso ao bebê, também não são mais recomendados.
A orientação é usar berços de grade fixa.
Peito, peito, peito, e sem hora marcada
Pesquisas científicas vêm mostrando que o leite materno é o melhor alimento para o bebê.
O sistema recomendado hoje em dia é o aleitamento exclusivo até os 6 meses, em sistema de livre demanda.
Isso significa dar o peito ao bebê sempre que ele pedir, sem estabelecer intervalos fixos como se fazia antigamente.
Para combater a insegurança de não saber o quanto o bebê está mamando, é só prestar atenção aos sinais de que ele está se alimentando bem, como uma boa quantidade de fraldas molhadas.
O que mudou quando você era mãe versus hoje
Papinha e fruta só depois dos 6 meses
Cada vez mais, os especialistas acreditam que o sistema digestivo do bebê não é maduro o suficiente para receber outros alimentos que não o leite materno antes dos 6 meses.
Os médicos recomendam não dar mingau, fruta, suco ou papinha antes disso.
Em alguns casos, quando a mãe tem de voltar a trabalhar, o pediatra pode adiantar um pouco a introdução de novos alimentos.
Mas não há pressa em apresentar comidas ao bebê antes.
Não se dá chá ao bebê, nem água
Quando o bebê mama só no peito, ele não precisa de nenhum outro líquido.
Nem água, nem chá.
Apenas bebês que tomam fórmula infantil ou que já comem outros alimentos podem tomar água.
Os especialistas acreditam que o leite materno já contém todo o líquido de que o bebê precisa.
Em dias muito quentes, a mãe pode dar o peito com mais frequência.
O que mudou quando você era mãe versus hoje
Só crianças de mais de 1 ano podem comer mel
Embora fosse prática comum antigamente, hoje em dia não se dá nenhum tipo de mel para bebês de menos de 1 ano de idade.
A razão é que crianças de menos de 1 ano têm o sistema imunológico frágil e podem ser afetadas pela toxina botulínica, se ela estiver presente em pequenas quantidades no mel.
O risco existe independentemente da origem ou da qualidade do mel.
Bebê não deve tomar leite de vaca
Os pediatras recomendam que bebês de até 1 ano não tomem leite de vaca (de caixinha ou fresco).
Se por algum motivo não puderem tomar leite materno, devem tomar fórmulas infantis especializadas (que não são mais chamadas de “leite em pó”, porque não são propriamente leite).
O motivo é que o leite tem proteínas complexas que podem agredir o sistema digestivo.
Ainda há uma possível ligação com a alergia à proteína do leite de vaca.
Depois de 1 ano, sob a orientação do pediatra, o bebê pode começar a tomar leite integral, ou então continuar usando fórmulas infantis especiais.
Criança não pode tomar aspirina
No passado era muito comum dar “aspirina infantil” para baixar a febre das crianças ou aliviar a dor, mas atualmente os analgésicos à base de ácido acetilsalicílico são proibidos para crianças.
Existe um problema raro, chamado síndrome de Reye, que pode levar a criança à morte em caso de administração de ácido acetilsalicílico em conjunção com determinados vírus.
Por precaução, os médicos vetam qualquer ácido acetilsalicílico para crianças em geral.
Nada de álcool para baixar a febre
Não se usa mais nenhum tipo de álcool para baixar a febre do bebê, nem em compressas, nem na água do banho.
Os médicos são muito cautelosos com o álcool porque ele pode ser facilmente absorvido pelo organismo do bebê.
Além disso, os especialistas não consideram mais imprescindível baixar a temperatura da criança a qualquer preço, a não ser que ela esteja com muito mal-estar, porque a temperatura elevada ajuda a combater infecções.
O que mudou quando você era mãe versus hoje
O talco não é mais recomendado para bebês
Antes item essencial da higiene do bebê, o talco é considerado pelos médicos um perigo, por ter partículas muito finas que, se aspiradas, podem grudar nos pulmões do bebê e até provocar a morte.
Por mais cuidado que se tenha, acidentes acontecem.
Alguns substitutos, à base de partículas maiores, como o amido de milho, são um pouco mais seguros, mas também representam risco.
O andador é considerado uma ameaça
O andador, às vezes chamado de anda já, pode até ser divertido para a criança e conveniente para a família, mas é totalmente desaconselhado pelos médicos e chega a ser proibido em certas regiões.
O grande problema são os acidentes. Imprevistos acontecem e, se o andador virar, a criança cai de cabeça no chão.
Saiba mais sobre os acidentes domésticos mais comuns que as crianças podem sofrer. Clique aqui
No carro, só de cadeirinha
Mesmo que a distância seja pequena, bebês e crianças têm de viajar devidamente presos na cadeirinha do carro.
Não é apenas a recomendação de especialistas, mas também é lei.
E, até pelo menos 1 ano de idade, a cadeirinha vai de costas para o movimento do carro, para proteger o pescoço do bebê.
Portanto, se você pretende dar carona ao seu netinho no carro, pode providenciar uma cadeirinha desde já.
fonte: Baby Center