O que é homeopatia – Medicina alternativa que funciona.
Criada pelo médico Samuel Hahnemann, a homeopatia é um tipo de terapia de tratamento liberada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma medicina alternativa e complementar, para quase todos os tipos de doenças físicas e psicológicas.
Mas o que faz com esse tipo de medicina seja, de fato, funcional?
O que é a homeopatia
A homeopatia é baseada em quatro pilares principais:
Lei dos Semelhantes:
Essa é a base dessa medicina.
A ideia é que as mesmas substâncias naturais capazes de desenvolver sintomas e doenças também têm o poder de curá-las.
É a mesma lógica de usar o veneno da cobra para curar alguém picado, porém com algumas diferenças explicadas nos outros pilares.
Experimentação:
Como o nome já sugere, Hahnemann, tinha a ideia de que qualquer tratamento homeopático deveria ser, primeiramente, experimentado em pessoas saudáveis.
Só após os estudos se mostrarem eficientes, deveriam ser utilizados em pacientes doentes.
Essas experimentações nunca poderiam serem feitas em animais, uma vez que era preciso que as cobaias fossem informadas sobre os sintomas e as reações subjetivas.
Doses mínimas:
A homeopatia trabalha com a extrema diluição das substâncias que causam as doenças.
E quanto menor a quantidade dessa substância, mais energia o remédio tem e, portanto, maior o seu poder de cura.
Remédio único:
Esse é um pilar que causa divergência dentro da própria homeopatia.
A proposta é que se faça uso de um medicamento por vez, privilegiando aquele que englobe o tratamento para a maior quantidade de sintomas que o paciente apresente.
Ao longo das consultas, com o médico conhecendo melhor o seu paciente, ele pode fazer alterações, até que encontre o remédio que trata o todo.
No entanto, há duas linhas nessa medicina: a Unicista, que utiliza apenas um medicamento por vez, e a Pluralista, que prefere fazer uma combinação de medicamentos por vez.
Resumindo:
O que é homeopatia – Medicina alternativa que funciona.
A lógica dessa ciência é utilizar as mesmas substâncias que causam os sintomas das doenças para tratá-las.
Para isso, essas substâncias são bem diluídas em água, até que fique uma quantidade que seja o suficiente para aliviar esses sinais, em vez de intensificá-los.
A homeopatia engloba mais de 2 mil tipos de remédios, que podem ser extraídos de fonte vegetal, mineral ou animal.
Na grande maioria das vezes, os remédios são vendidos em forma de pequenas bolinhas brancas, a serem colocadas debaixo da língua até se dissolverem.
Essa medicina é utilizada para o tratamento de doenças ginecológicas, respiratórias, dermatológicas e de trato gastrointestinal, além de alergias e casos frequentes de infecções virais e bacterianas.
Ela também pode ser indicada como um tratamento complementar à depressão, desde que seja parte de um controle multidisciplinar que envolva, principalmente, psicoterapia.
Exemplo de algumas doenças tratadas pela homeopatia:
- Alergias;
- Entorse de tornozelo;
- Bronquite;
- Infecções de ouvido;
- Fibromialgia;
- Vertigem;
- Gripe;
- Osteoartrite;
- Síndrome pré-menstrual;
- Sinusite.
O médico homeopata deve ser o responsável por indicar esses medicamentos alternativos, considerando as condições físicas e emocionais do paciente.
O objetivo da homeopatia é não apenas aliviar e curar os sintomas, como também trazer o equilíbrio energético ao organismo.
Por isso, cada receita é individualizada e não se deve compartilhar remédios homeopáticos com outras pessoas, ainda que elas apresentem os mesmos sintomas.
Caso o paciente faça uso de remédios alopáticos (que são os tradicionais), o médico homeopata deve ser informado, uma vez que alguns homeopáticos podem interferir na absorção desses.
Como são as consultas
O médico homeopata deve fazer uma avaliação clínica completa, para certificar se o paciente não possui alguma doença que não pode ser tratada por meio dessa medicina.
Também são analisadas algumas partes do paciente, como a língua, as unhas e a pele, que podem revelar alguns problemas internos e até o temperamento da pessoa.
Por fim, há um questionário mais detalhado sobre todos os sintomas apresentados, personalidade, histórico familiar e outras informações que poderão ajudar a criar o perfil homeopático do paciente.
fonte: jasmine
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Homeopatia funciona mesmo
Quem acompanha o ‘Fantástico’, programa dominical da Rede Globo, assistiu a uma série de reportagens sobre a homeopatia, colocadas no ar há cerca de dois meses, por causa de um louco desafio lançado pelo mágico norte-americano James Randi, um cético assumido, com site na internet e tudo o mais.
Ele ofereceu US$ 1 milhão para quem provasse que os tratamentos homeopáticos realmente funcionam.
A incitação fez a TV BBC de Londres convocar uma equipe de cientistas para, sob a supervisão da Academia Britânica de Ciências, a Royal Society, fazer vários testes.
O resultado da empreitada?
Não foram encontradas provas confiáveis suficientes nem de que a coisa é eficaz nem de que não é.
O próprio James Randi declarou que mais e mais pesquisas devem ser promovidas para se chegar a uma conclusão.
Acontece que o sistema terapêutico criado há cerca de 200 anos na Europa até hoje causa discussões acaloradas no meio médico.
Mas o fato é que, indiferente às polêmicas, muita gente continua recorrendo a homeopatia, às vezes para tratar doenças que vão e voltam (e não param de atormentar), como as rinites.
Consultamos médicos – homeopatas e não-homeopatas – e adeptos para esclarecer o que é mito e o que é verdade entre as afirmações mais comuns sobre a especialidade.
O que é homeopatia – Medicina alternativa que funciona.
Quem adere à homeopatia não deve fazer tratamentos alopáticos, para não misturar as coisas.
Mito
Alopatia é a medicina tradicional, a mais conhecida por todo mundo.
Já a homeopatia é um sistema terapêutico criado pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843), que trata doenças com substâncias ativas ministradas em doses bem diluídas.
Em linhas gerais, a homeopatia propõe que se repense os conceitos de saúde e enfermidade e se baseia, entre outros, no princípio da individualização.
Isso quer dizer que cada caso é um caso e o paciente deve ser avaliado não só pelo viés da doença, mas como um todo – emoções incluídas.
Segundo o médico Paulo Rosenbaum, responsável pelo departamento científico da Escola Paulista de Homeopatia, essa especialidade da medicina não se pretende hegemônica e não deve ser encarada como tal.
Ou seja, não se propõe a reinar sozinha, substituindo todas as outras terapias convencionais.
‘Em alguns casos, é necessário usar apenas medicamentos alopáticos.
Em outros, é possível combinar as duas formas de tratamento, para obter melhores resultados’, explica Flávio Dantas, médico e professor da disciplina de homeopatia na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais.
Aliás, é bastante comum que as pessoas, mesmo se são adeptas ferrenhas dos remédios homeopáticos, recorram à alopatia sempre que preciso.
‘Muitos pacientes utilizam a homeopatia só como terapia coadjuvante.
Outros usam medidas alopáticas sem que o seu médico homeopata saiba.
Por isso, fica até difícil separar o efeito de um tratamento e de outro’, defende Renato Sabbatini, pesquisador e professor de fisiologia e de neurociências da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp).
Alternativa:
‘Antes da homeopatia, a cada inverno minha vida se transformava em um inferno por causa das crises de rinite’
Para a homeopatia, as doenças somente surgem quando há um desequilíbrio emocional.
Mito
É bem verdade que a homeopatia defende que o desequilíbrio emocional pode provocar doenças.
Mas admite que nem sempre ele está por trás de uma enfermidade – e, mesmo quando está, não costuma ser o único fator desencadeador.
‘Há as causas alimentares, infecciosas, ambientais (como a poluição), traumáticas e metabólicas’, enumera o médico Flávio Dantas.
A homeopatia pode ser considerada uma medicina preventiva.
Verdade
‘Mas isso não quer dizer que a pessoa nunca mais ficará doente.
O que se constata é que, com o tratamento homeopático, as crises de certas doenças crônicas, como rinite, asma e gripes recorrentes, se tornam cada vez mais raras, chegando a praticamente cessar em alguns casos’, explica Flávio Dantas.
A farmacêutica Cleudí de Souza Pereira, de 24 anos, constatou isso na pele.
Quando cursava o segundo ano de farmácia na Universidade de Guarulhos (SP), ela começou a ter contato com pessoas que se tratavam com homeopatia e se diziam imunes a algumas doenças recorrentes, como a rinite alérgica e a enxaqueca, que a importunavam fazia tempo.
No último ano da faculdade, Cleudí teve a disciplina de homeopatia e se encantou de vez com a coisa.
‘Comecei a estudar mais o assunto fora da sala de aula e a fazer pesquisas para entender o mecanismo dos remédios homeopáticos.
Minha curiosidade era entender os efeitos daquelas bolinhas no organismo.
Na época, eu tinha muitas dúvidas e não acreditava muito naquilo.
‘ Mesmo assim, ela decidiu procurar logo um médico homeopata para tentar tratar os tais males que sempre voltavam a atacar.
Hoje, dois anos depois e ainda tomando as pílulas, Cleudí raramente é acometida pelas insuportáveis crises de enxaqueca e de rinite.
A homeopatia parece ser eficiente para tratar as doenças crônicas.
Verdade
‘As doenças de funcionamento do organismo e as de natureza alérgica quase sempre são tratadas com êxito pela homeopatia’, garante o médico Flávio Dantas.
Muita gente jura que as bolinhas brancas, como são conhecidos os remédios homeopáticos, funcionam perfeitamente no combate aos males recorrentes.
A arquiteta Gisele Conde Toron, de 39 anos, que o diga.
Ela procurou um homeopata, pois estava cansada de sofrer com a sua rinite alérgica.
‘Quando fui ao consultório, estava no auge das minhas crises.
Em todo lugar que eu frequentava, tinha que espalhar caixas de lenços de papel, pois meu nariz não parava de escorrer’, lembra.
‘A cada inverno, a minha vida se transformava num inferno, pois a rinite virava gripes terríveis.
‘ Hoje, 15 anos depois de procurar o homeopata, Gisele se sente vitoriosa.
‘Posso dizer que não tenho mais rinite.
‘No entanto, há um detalhe: os especialistas da área defendem que as bolinhas brancas não servem apenas para a categoria de enfermidades consideradas ‘mais simples’.
Dizem que até portadores de doenças graves podem obter benefícios se o tratamento homeopático for prescrito como coadjuvante.
‘Pacientes com câncer têm na homeopatia um recurso para amenizar alguns sintomas penosos’, diz Dantas.
fonte: criativa / globo.com