Leite vegetal – Os cuidados e as variedades.
O leite de soja todo mundo já ouviu falar.
Mas ele é apenas um entre quase uma dezena de opções de bebidas vegetais para quem é alérgico ao leite de vaca ou apenas deseja substitui-lo por um outro que não tenha origem animal.
Tem de leite de aveia, de arroz, de amêndoas, de coco e mais um tanto deles.
Cada um com um sabor distinto e uma composição nutricional específica.
Qual você quer experimentar?
Por que o leite vegetal é melhor do que o de origem animal?
O principal trunfo do leite vegetal em relação ao animal é o fato de ser livre de lactose, sendo ideal para pessoas que sofrem de alergias ou intolerância a essa substância.
Enquanto a proteína do leite de vaca e a lactose dificultam a digestão, as bebidas vegetais são ricas em fibras, que auxiliam o funcionamento do intestino e combatem a prisão de ventre.
Por não ser de origem animal, os leites vegetais também são livres de colesterol e o baixo índice glicêmico (o açúcar leva mais tempo para chegar ao sangue) evita os picos de glicose e o desenvolvimento da diabetes tipo 2.
Isso além de promover uma maior saciedade, o que é benéfico para a perda de peso.
A variedade também pesa a favor do leite vegetal: são diversos os produtos que originam a bebida, o que ajuda quem precisa de uma dieta restritiva, e proporciona sabores variados aos adeptos da bebida.
Quais os nutrientes do leite vegetal?
Os leites vegetais são ainda extremamente nutritivos, sendo fonte de cálcio, potássio, vitamina A, vitaminas do complexo B e vitamina D.
Alguns deles, como o de nozes, por exemplo, possuem importantes antioxidantes.
Os antioxidantes são substâncias que combatem a ação dos radicais livres: agentes que atacam as células do corpo e são responsáveis por causar diversas doenças e acelerarem o processo de envelhecimento.
No entanto, antes de consumir qualquer um dos tipos de leite vegetal, é essencial consultar a embalagem e ver seus componentes nutricionais.
Algumas opções, por exemplo, podem ter mais nutrientes ou ainda conter o glúten (como é o caso do leite de soja), substância proibida àqueles que sofrem de doença celíaca.
Quais os principais tipos de leite vegetal?
Existem diversos tipos de leite vegetal e alguns dos que se destacam são:
Leite de soja:
O extrato ou leite de soja é obtido a partir da moagem dos grãos da soja.
Naturalmente sem colesterol, de boa digestibilidade, ele é fonte de cálcio, potássio e magnésio, além de possuir alto teor de proteínas e fibras.
E mais: é uma proteína completa e contém 9 dos 20 aminoácidos essenciais para o organismo.
É um dos tipos mais comuns e baratos de leite vegetal.
Leite vegetal – Os cuidados e as variedades.
Leite de arroz:
Feito a partir dos grãos do arroz frescos, que passam por um processo de moagem, cozimento e fermentação.
Como não contém glúten, é uma boa opção para celíacos.
O leite de arroz é rico em carboidratos, pobre em proteínas e contém vitaminas do complexo B.
Ele possui menos calorias do que o leite de soja e o de amêndoas, sendo ideal para quem deseja emagrecer.
E mais: ele contém substâncias que ajudam na produção da serotonina, hormônio responsável por conferir a sensação de bem-estar.
Vale dizer que o leite de arroz não é o mesmo que a “água de arroz”, que muitas pessoas ingerem para controlar a diarreia.
Ao lado do leite de soja, é uma das opções mais baratas de leite vegetal.
Leite de nozes:
Essa é a bebida com o maior teor de antioxidantes, substâncias essenciais para combater os radicais livres e, assim, evitar doenças e o envelhecimento precoce das células.
Além disso, é fonte de vitamina E, ácidos graxos ômega-3 e 6, selênio, cobre, zinco e magnésio.
É opção para combater a diarreia, prevenir doenças cardiovasculares e diabetes.
Leite de amêndoas:
Com valor nutricional equivalente ao leite de arroz, essa é outra alternativa com baixo teor de gorduras e de calorias, é fonte de fibras, vitaminas A e E e ferro.
Por conter cálcio e magnésio, o leite de amêndoas é um aliado na prevenção da osteoporose.
Já as fibras ajudam na digestão e a controlar o intestino.
Por ter pouca gordura, é indicado para prevenção de doenças cardiovasculares.
A grande desvantagem do leite de amêndoas é o custo elevado.
No entanto, ele pode ser feito em casa facilmente: basta deixar as amêndoas de molho de um dia para o outro, secá-las com um pano de prato e, por fim, bater no liquidificar ou processador com água.
Leite de aveia:
Feito a partir dos grãos de aveia, a principal vantagem desse tipo de leite é a alta concentração de cálcio, que chega a ser tão elevada (ou até mais, dependendo da sua versão) como a encontrada no leite de vaca.
Além disso, é fonte de fibras, que conferem saciedade, fornecem energia e ajudam na digestão.
Por possuir uma substância chamada fito melatonina, o leite de aveia melhora a qualidade do sono, sendo um aliado para aquelas pessoas que sofrem de insônia.
Seus fitos químicos ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares, derrames e, até mesmo, alguns tipos de câncer.
A bebida pode ser feita em casa e, para isso, basta deixar a aveia de molho por uma hora.
Após esse período, é preciso bater bem no liquidificar e coar com peneira.
Algumas pessoas acrescentam gotas de essência de baunilha.
A bebida pode ficar na geladeira por até três dias.
Por conter glúten, o leite de aveia não deve ser consumido por pessoas celíacas.
Leite de castanhas:
O leite de castanha é rico em um tipo de aminoácido que estimula a produção do hormônio de crescimento e, por isso, é uma boa opção para crianças que não amamentam mais do leite materno.
Seu consumo deve ser moderado, já que o excesso de oleaginosas pode gerar intoxicações.
Esse tipo de leite não deve ser consumido por quem possui alergias a castanha-de-caju, amendoins e outras oleaginosas.
Quer saber um pouco mais sobre a castanha de caju, clique aqui
Leite de coco:
Esse tipo de leite é feito a partir da polpa do coco combinado com água. Rico em gordura boa, a bebida ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue.
Embora seja mais calórico que outros leites, ele também é um regulador da saciedade, o que permite que a pessoa coma menos.
Para fazer o leite em casa, basta bater a poupa no liquidificador com água e depois coar.
fonte: jasmine
O perigo de beber apenas leites vegetais
Aveia, amêndoa, caju, quinoa, arroz, soja… são muitas as opções de leites vegetais à venda no mercado, mas fazer destas bebidas a única fonte de ‘leite’ pode trazer riscos para a saúde.
Trocar o leite de vaca por um ‘leite’ de origem vegetal é uma das tendências alimentares mais atuais.
Estas bebidas vegetais são feitas maioritariamente à base de cereais (quinoa, aveia e arroz) ou de frutos secos (amêndoa, avelã, caju etc.), alimentos que são ricos em vitaminas e minerais e que fornecem ainda propriedades que são benéficas para a saúde, como a fibra e os ácidos gordos ómega 3, por exemplo.
Contudo, nem todas as bebidas vegetais são tão saudáveis quanto pensamos.
Para que seja uma escolha acertada e amiga da saúde, a bebida vegetal deve ser o mais pura possível e por pura entende-se aquela que é feita com água, cereal/fruto seco e uma pitada de sal, nada mais.
Algumas das bebidas à venda nas grandes superfícies são, assim tão benéficas por conterem óleo de girassol ou outros ingredientes adicionados para aumentar a validade do produto.
Leite vegetal – Os cuidados e as variedades.
Mas este não é o único risco associado a estas bebidas da moda.
De acordo com um estudo da Universidade de Surrey, estas bebidas não fornecem as doses necessárias de iodo, elemento químico fundamental para prevenir a demência e desregulamento hormonais.
O iodo é ainda importante durante a gravidez, lê-se no The Independent.
Para chegar à conclusão de que os leites vegetais não possuem os níveis adequados de iodo, os cientistas analisaram 47 alternativas vegetais ao leite (soja, amêndoa, coco, aveia, arroz, avelã e cânhamo) e compararam-nas com o leite tradicional (meio-gordo).
Na prática, concluiu a investigação, um copo de alternativa ao leite de vaca providencia cerca de 2 mcg de iodo, enquanto um mesmo copo de leite de vaca oferece 150 mgc de iodo.
“Na gravidez, a recomendação é de 200 mgc por dia”, destaca Margaret Rayman, professora de nutrição e uma das mentoras do estudo.
Alternar a bebida vegetal com o leite pode ser a forma mais eficaz de prevenir a deficiência de iodo, mas tomar de um suplemento é também uma opção, desde que seja validado junto de um médico.
fonte: lifestyle saúde