Chulé e frieira – Como cuidar e tratar.
Suor excessivo, umidade e falta de alternância de meias e calçados ajudam na proliferação de fungos, bactérias e odores, provocando frieiras, micoses e chulé.
Os pés são muito exigidos
Diariamente nossos pés são recrutados para diversas atividades, dentre elas locomoção, trabalho, lazer e esporte.
É preciso, portanto, que eles estejam em boas condições para que essas atividades sejam desenvolvidas com segurança, principalmente por ser uma área de sobrecarga.
Suor excessivo, umidade e a não alternância de calçados e meias no cotidiano são propícios à proliferação de odores, fungos, bactérias e micro-organismos, favorecendo quadros de frieira, micose e chulé.
As frieiras são pequenas fissuras nas dobras dos pés, causadas pela produção incomum e excessiva de suor – as pessoas devem ter atenção caso haja, juntamente ao odor associado ao quadro, a presença de fungos que pode agravá-lo.
“Quando a pessoa tem uma facilidade muito grande para o aparecimento de frieiras e pés de atletas, é importante que ela vá ao médico caso tenha alguma dúvida, para verificar se tem ou não a presença de fungo na unha”, indica o professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Marcelo Araújo.
Os quadros de frieiras estão associados com frequência a micoses nas unhas dos pés, portanto, o problema da unha deve ser tratado para que a frieira seja eliminada.
O tratamento?
O tratamento para frieira, micose e chulé na terceira idade, consiste em manter os pés secos e limpos e, dependendo do caso, medicamentos antifúngicos.
Fale sempre com seu médico antes de automedicar.
Além de dores e coceira, as frieiras podem ser portas de entrada para infecções mais graves.
“O paciente que tem uma erisipela ou celulite na perna, muitas vezes, tem esse quadro decorrente a uma frieira que não está tratada.
Chulé e frieira – Como cuidar e tratar.
Outros problemas com frieira, micose e chulé na terceira idade
É que a presença de fungos nos pés pode gerar a contaminação de outras áreas da pele.
É recomendável que essa frieira e pé de atleta sejam tratados”, reforça Marcelo Araújo.
Um dos principais fungos responsáveis pelo pé de atleta é chamado de dermatófito, mas também existe a possibilidade de contaminação por bactérias e cândidas.
Outro tipo de fungo que é um agente oportunista presente na pele, que pode se manifestar em dermatites ou inflamações de curta duração.
Além de manter os pés limpos e secos após o banho ou contato com água de chuva, deve-se evitar pisar em locais onde há substâncias químicas, como sabão, água sanitária e ácidos.
Nessas situações, o indivíduo deve utilizar sapatos adequados para se proteger.
Chulé e outros cuidados
O chulé está diretamente relacionado à produção do suor e é importante avaliar se o tipo de meia ou sapato contribui para uma produção exagerada.
Segundo o dermatologista Marcelo Araújo, o ideal é que as meias sejam de algodão e trocadas diariamente, já que são importantes na absorção do suor.
Os sapatos também devem ser trocados, se possível, durante a semana, de preferência por aqueles com solado de couro.
Para quadros que não há infecção fúngica ou bacteriana, a pessoa também pode recorrer ao talco, que ajuda a manter a área mais seca.
Araújo acrescenta que o hábito de observar os próprios pés facilita na detecção de pequenas lesões iniciais, que, na maioria das vezes, são facilmente corrigidas.
“É importante lembrar que os pés, o aparelho ungueal e a pele podem ser locais de lesões mais graves, tanto de doenças inflamatórias quanto de doenças neoplásicas, como o câncer de pele.
As pessoas têm que ter atenção e o cuidado da observação”, completa o professor.
fonte: Faculdade de Medicina UFMG