Diabetes antecipa a disfunção erétil em até 10 anos.
Além de aumentar os riscos para as doenças cardiovasculares, o diabetes pode levar à dificuldade de manter ou ter uma ereção.
No Brasil, mais de 13 milhões de pessoas convivem com o diabetes
Além das doenças cardiovasculares, o diabetes provoca uma série de outros danos ao organismo.
Entre os mais conhecidos estão: a cegueira, a amputação de membros inferiores e as complicações renais, mas ainda existe uma condição diretamente relacionada à doença e subestimada: a disfunção erétil (DE), que, segundo estimativas, acomete entre 35% e 75% dos diabéticos.
Disfunção erétil é normal com o envelhecimento
“A disfunção erétil está relacionada com o envelhecimento natural, porém no homem diabético, ela pode chegar até 10 anos antes do esperado.
Estima-se, inclusive, que metade dos homens diabéticos com mais de 50 anos já conviva com a disfunção erétil – condição que implica na dificuldade de obter ou manter a ereção e interfere na qualidade de vida do casal”, alerta o endocrinologista João Eduardo Nunes.
Para o especialista, é necessário conscientizar as pessoas sobre todas as consequências possíveis do diabetes – patologia que acomete 13 milhões de brasileiros.
“Tratar essa doença não se resume a se atentar apenas ao controle do açúcar no sangue, mas também prevenir e evitar as tantas complicações que vem com a patologia”, esclarece.
“A doença cardiovascular é a principal causa de morte nos pacientes diabéticos, mas as pessoas desconhecem essa ligação.
Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para que o paciente seja orientado³”, refere o endocrinologista.
Definida como a incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção satisfatória, a disfunção erétil acontece com mais frequência no diabetes em razão dos danos que a doença causa nas paredes dos vasos sanguíneos e que, consequentemente, afetam a circulação e o fluxo de sangue para o pênis.
Os danos aos nervos provocados pelo diabetes tipo 2, por outro lado, também estão envolvidos nesse processo³.
A epidemia do diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares
O descontrole nos níveis de açúcar no sangue e a incapacidade de produzir e usar insulina desencadeiam um estado generalizado de inflamação no organismo.
“O quadro favorece o surgimento de placas de gordura, aumento do colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, restringindo o fluxo sanguíneo” esclarece.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência indicou que menos da metade dos entrevistados (42%) citou as doenças cardíacas como as consequências mais relevantes do diabetes — e, mesmo entre os diabéticos, elas só foram mencionadas por 56%4.
Isso significa que metade dos pacientes não associa as doenças cardíacas aos riscos do diabetes e, como consequência, não toma todos os cuidados necessários para prevenir esses eventos indesejados.
A pesquisa também revelou que apenas 3% dos entrevistados mencionaram “ter uma doença cardíaca” como um medo relacionado ao diabetes, embora seja uma complicação potencialmente fatal.
A maior parte das pessoas teme amputação (32%) e cegueira (32%).
Matéria gentilmente cedida por: Boehringer Ingelheim Brasil e Eli Lilly and Company
Referências
- Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em http://www.diabetes.org.br/publico/vivendo-com-diabetes/saude-sexual. Acesso em 13/11/2017
- The Global Diabetes Community. Disponível em www.diabetes.co.uk/diabetes-erectile-dysfunction.html. Acesso em 13/11/2017.
- Diabetes Health. Disponível em www.diabeteshealth.com/resolving-erectile-dysfunction/. Acesso em 04/12/2017.
- American Diabetes Association. Disponível em www. http://care.diabetesjournals.org/content/25/12/2159.short. Acesso em 13/11/2017
- Pesquisa Diabetes sem Complicações; 2016.