Asma na terceira idade – Requer cautela e supervisão.
O que é a asma?
A asma é uma das doenças respiratórias mais comuns em todo o mundo.
São pelo menos 300 milhões de pessoas com asma no mundo e uma taxa de mortalidade que chega a 250 mil pacientes por ano.
No Brasil, pelo menos 20 milhões de pessoas sofrem com a doença.
A asma é uma doença crônica causada pela inflamação dos brônquios.
Tal inflamação ocasiona o fechamento das vias aéreas, prejudicando a respiração.
Seus sintomas são: tosse seca e irritativa, chiado, desconforto no peito e falta de ar (fonte: Novartis)
É possível iniciar uma asma na terceira idade?
Sim.
Uma crise pode surgir pela primeira vez após os 60 anos de idade, ou ainda, uma pessoa que teve asma na infância pode voltar a ter sintomas na terceira idade.
Mas, é importante observar que uma pessoa idosa pode ter falta de ar, tosse ou chiados e não ter asma.
Por isso, deve-se ter o cuidado de procurar um médico especialista para confirmar o diagnóstico
A asma é diferente na pessoa idosa?
Não, a asma tem as mesmas características.
No entanto, a pessoa idosa apresenta alterações decorrentes da idade que influenciarão na evolução da asma e na resposta ao tratamento.
O tratamento da pessoa idosa é diferente?
Não, o tratamento da asma do idoso, teoricamente, é igual ao de qualquer pessoa.
Ou seja, são utilizados remédios aliviadores (broncodilatadores) e remédios controladores (corticoides inalados).
A forma de lidar com a medicação é que pode ser diferente em função das especificidades devido à idade.
A fisioterapia respiratória é de grande ajuda para o controle das crises.
Como é a crise na pessoa idosa?
As crises no idoso não são diferentes.
No entanto, devem ser detectadas e tratadas o mais precocemente possível para que se possa evitar complicações.
Raríssimas vezes uma crise já começa forte.
É preciso aprender a reconhecer os primeiros sinais e aprender a combatê-los para evitar complicações.
Como uma crise se inicia?
O início de uma crise de asma varia para cada pessoa, e tanto pode ser uma tosse seca, insistente quando ri, como pode ser uma sensação de “peito preso”, cansaço fácil, pigarro persistente e inquietação.
E se a crise não melhora?
A crise de asma pode evoluir com chiados no peito, respiração dificultada e tosse.
Se mesmo após o início da medicação os sintomas não melhoram, ou ainda, se surgem suores frios, dificuldade em falar, caminhar e alimentar-se, respiração entrecortada, ofegante ou se as unhas e lábios estão arroxeados, cuidado: é hora de procurar um pronto socorro.
Não adianta insistir com as medicações caseiras nem aumentar a dose por conta própria.
Idosos podem usar “bombinhas”?
O tratamento no idoso, se possível, deve ser feito preferentemente por via inalada (como as nebulizações e as “bombinhas”).
Ao contrário do que se pensa, os remédios inalados têm efeito rápido e são menos absorvidos pelo sangue, com menores efeitos colaterais.
Apesar da fama de que bombinhas fazem mal ao coração ou viciam, elas constituem um meio seguro de tratá-la nos idosos.
A cortisona pode ser usada em idosos?
A cortisona, ou corticoide, é uma grande arma no tratamento da asma, pois tem potente efeito anti-inflamatório no controle das crises agudas e fortes, além de recuperar a ação das medicações broncodilatadoras, melhorando o estado da crise de asma.
Existe relação da asma com outras doenças e medicamentos?
Sim.
Por exemplo: algumas doenças são mais frequentes na pessoa idosa e necessitam de medicamentos que podem provocar crises de asma.
É o caso do glaucoma, onde os colírios à base de substâncias chamadas de betabloqueadoras podem provocar broncoespasmo.
Outros remédios, como por exemplo, o ácido acetilsalicílico, alguns anti- inflamatórios e anti-hipertensivos (betabloqueadores), podem provocar crises de asma.
Além disso, existem doenças já apresentadas pelo idoso que podem piorar crises, como é o caso do refluxo gastresofágico e das hérnias de hiato.
A rinite alérgica, quando associada, deve ser sempre tratada, pois a sua presença tende a agravar a asma.
Fontes: Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia do Rio de Janeiro e você e a asma.