As pizzas italianas – As melhores e mais saborosas.
As pizzas italianas têm um sabor singular e são extremamente saborosas.
Você já se perguntou quais são as melhores pizzas da Itália?
Depois de um ano viajando o país mergulhados em sua cultura gastronômica, temos a resposta a essa pergunta na ponta da língua:
As melhores pizzas da Itália são aquelas feitas segundo as receitas tradicionais, com ingredientes locais e, sobretudo, ingredientes de qualidade.
Se você esperava por um ranking com a “razão social” das melhores pizzas da Itália, sentimos desapontá-lo, mas você há de concordar conosco:
Qual classificação faria justiça às 8 milhões de pizzas produzidas todos os dias na Itália?
Além disso, os tipos e os sabores de pizzas na Itália são infinitos e, em termos de comida, mas acima de tudo pizza, como sabemos, os gostos são muito subjetivos.
É por isso que para colocar fim nesse dilema, propomos a você um acordo – assim como a pizza – bem democrático: nós listamos os tipos de pizzas mais populares e emblemáticos do território italiano e você escolhe a melhor, segundo o seu paladar e preferência, fechado?
Os principais estilos de pizza na Itália
Antes de mais nada, acabemos de uma vez por todas com o mito de que pizza italiana é pizza de massa fina.
Ela existe, é claro, mas não é única.
A depender da parte do território italiano, as pizzas podem ser super altas, quadradas, feitas em forno convencional, sem molho de tomate e continuar sendo chamadas de pizza.
E sim, elas são surpreendentemente deliciosas!
Portanto, para quem viaja à Itália em busca da melhor pizza, nossa dica principal é: desapegue dos padrões brasileiros, abra seu coração para o novo e prove as pizzas da região italiana que estiver visitando.
As chances de você sair feliz com a sua escolha são enormes!
Para te ajudar nessa saborosa missão, aqui vai a lista com as principais pizzas que você deverá provar na sua próxima visita à Itália:
Napolitana
A original, a rainha de todas, a mais copiada e amada no mundo.
A pizza nascida em Nápoles é reconhecida pela sua massa extremamente macia que agarra os sabores do molho de tomate e da muçarela fresca enquanto as bordas se levantam e douram dentro do forno à lenha bem quente.
A pizza napolitana é redonda, nunca superior a 35cm de diâmetro e é vendida inteira como porção individual.
Pode parecer grande quando o pizzaiolo a coloca no prato – que não raro é menor que a pizza -, mas na primeira garfada nasce uma vontade insaciável de terminar com cada pedacinho dessa deliciosa criação napolitana.
É, sem dúvida, a pizza das pizzas, aquela que todos devem provar ao menos uma vez na vida.
Pizza frita
Nascida também em Nápoles, nos tempos escassos da Segunda Guerra mundial, os italianos dizem que a pizza frita é a irmã pobre da pizza napolitana.
Isso porque, na época, fritar a massa era mais barato que manter o forno a lenha aceso.
Além disso, a massa durava muito mais e era possível vender a pizza nas ruas como forma de ganhar uns trocados.
Sua característica principal está no espaço vazio que se forma dentro da massa durante a fritura e que pode ser preenchido com qualquer coisa: salame, ricota, presunto… inevitável a comparação com o pastel brasileiro!
A pizza frita original de Nápoles é recheada de ricota de búfala e torresmo, dois subprodutos alimentícios aproveitados de forma genial pelos italianos, verdadeiros mestres na arte do não desperdício.
Se tiver com saudades de comer um pastel de feira do Brasil, aposte na pizza frita, mas vá com calma.
Tradicionalmente frita em banha de porco, ela pesa um pouco no estômago.
Peça uma e divida com a sua companhia de viagem.
Pinsa romana
Com origem na antiga Roma, é considerada a versão ancestral da pizza moderna.
Ela é baixinha, tem uma borda crocante e o formato oval, ligeiramente alongado.
A diferença essencial da Pinsa Romana está na massa: farinha de trigo e farinha de soja são misturadas à farinha de arroz ou de milho para chegar à textura perfeita.
Além disso a massa é fermentada pelo menos 24h, chegando a 60 horas.
O resultado é uma massa fofa, mais digerível que a da pizza feita exclusivamente com a farinha de trigo.
Na época da sua concepção, os camponeses romanos preparavam a massa da pinsa e a temperavam apenas com ervas aromáticas e sal.
Hoje, no entanto, você pode saborear tanto a simples pinsa romana quanto sua versão moderna, com vários tipos de ingredientes, um pouco como sua prima famosa, a pizza.
Assim, é possível encontrar pinsas romanas temperadas com carnes curadas, queijos, vegetais e muitas outras variações gourmet.
Al trancio
É uma pizza alta e macia, ligeiramente crocante na base, assada em assadeiras de ferro no forno a lenha, coberta inteiramente com uma espessa camada de muçarela e vendida em fatias generosas.
A pizza al trancio foi inventada na capital da moda e por isso é conhecida também como pizza milanesa, a companheira inseparável de almoços de negócios e lanches rápidos dos trabalhadores de Milão.
A pizza alla milanese é redonda, sem borda e seu sabor clássico leva, além da polpa de tomate e de muita muçarela, anchovas e orégano.
Pizza in teglia
Retangular, de massa mais ou menos alta e macia, essa pizza versátil é típica de Roma, mas se tornou bastante popular em toda a península italiana.
Você encontra – e namora – a pizza in teglia nas vitrines das padarias.
Feita para um público que corre contra o tempo, elas já estão prontas, assadas, e são aquecidas quando o cliente faz o pedido.
Ela assa em forno elétrico em bandejas de ferro azul e depois é dividida em fatias que são vendidas por valor unitário ou a peso.
Funghi, parmigiana, presunto e strachino, frutas de bosque e nutella são só alguns dos muitos sabores que ganha essa tradicional pizza romana.
Pissalandrea
A Pissalandrea, cujo nome vem de “pizza de Andrea”, surgiu em homenagem a Andrea Doria, uma figura política importante durante o período das Repúblicas Marítimas.
Hoje, essa pizza é muitas vezes enquadrada também na categoria de focaccia ou mesmo de torta, só para lembrar que nada é simples quando se trata de comida italiana.
De toda forma, vale a pena provar a pissalandrea quando estiver passando por Gênova!
Seu preparo tradicional previa um recheio simples: cebolas picadas, anchovas salgadas e mais nada.
No final do século XVI, com os novos ingredientes trazidos das Américas à Europa pelos Espanhóis, a Pissalandrea foi enriquecida com tomates e depois com azeitonas e alcaparras.
A pissalandrea tem o formato retangular, é assada em forno convencional e quando ganha sardinhas no lugar das anchovas troca de nome. Falamos agora da sardenaira.
Sfincione
O sfincione é a pizza típica siciliana, mais precisamente da cidade de Palermo.
Ela tem uma massa levedada, alta e macia e uma base bem crocante.
Sua característica principal é que a montagem é inversa das outras pizzas.
A massa é coberta primeiro com queijo caciocavallo e anchovas e o molho de tomate vem por cima de tudo isso.
Antes de ir para o forno, ela ganha ainda orégano e farinha de rosca, que a deixa com uma superfície crocante e dourada.
Al tegamino
Macia, fofa, mas com fundo crocante e pontas quase fritas, a pizza al tegamino é uma especialidade de Torino.
Caracteriza-se pela dupla fermentação e cozimento que ocorre em uma panela pequena, de 20 cm de diâmetro, de ferro ou alumínio, colocada diretamente no forno com um fio de óleo para evitar que grude.
É também conhecida como pizza pan: é pequena e bem alta, com cerca de 3 cm, e recebe os sabores mais variados.
Se você é fã da pizza pan daquela famosa cadeia de pizzarias americana sem dúvida irá adorar a pizza al tegamino.
Scrocchiarella
Um dos tipos de pizza inventados em Roma, que depois se espalhou pelo centro e norte da Itália, é a Pizza Romana, chamada de Scrocchiarella devido a sua textura crocante.
Esta pizza é muito fina, quebradiça na mordida e, ao contrário da pizza napolitana, a borda é plana e sutilmente tostada.
A Scrocchiarella também pode ser rossa ou bianca (com e sem molho de tomate) e ganha as mesmas infinitas coberturas que as outras variedades de pizza.
Alla pala
Pizza alla pala é um tipo de pizza italiana que pode ter uma conotação diferente dependendo de onde você a pede.
Inventada em Roma, essa pizza longa, de formato oval, é servida em uma “pá” de madeira, por isso o nome.
A massa de alta hidratação e longa fermentação é assada em forno elétrico e depois transferida para a pá tradicional. Coberturas frescas são adicionadas após o cozimento.
O resultado é uma pizza crocante por fora e macia por dentro.
Na Campânia, porém, pizza alla pala é outra coisa! A pizza napolitana alla pala tem o mesmo formato da pizza romana, mas a massa é a da pizza napolitana clássica.
De toda forma, a pizza alla pala sempre será uma pizza longa que vem pré-cortada: é perfeita para dividir com os amigos, degustar sem pressa e acompanhar com uma birra italiana.
Isso mesmo, pizza na Itália pede cerveja e não vinho, você sabia?
Pizzas da Itália: falemos de sabores!
Agora que já ficou claro que pizza italiana pode ser alta, baixa, macia, crocante, retangular, oval ou redonda, chegou a hora falarmos dos sabores!
Se você prestou atenção na descrição das pizzas acima, viu que é só mais um mito achar que na Itália só se come pizza com molho de tomate e muçarela.
Os cardápios das pizzarias geralmente trazem opções de pizzas tradicionais e especiais, podendo ainda ser divididos entre pizze rosse e bianche.
Além disso, qualquer pizzaria de médio porte no país tem um menu com no mínimo trinta variações de sabores de pizzas e algumas chegam ser curiosas até mesmo para os inventores da pizza de frango com catupiry.
Por isso não estranhe se você encontrar pizza com abóbora em Mantova ou de maçã no Alto Ádige: os italianos prestigiam os ingredientes que crescem no seu território e conseguem extrair o que há de melhor neles.
Se você não tem preconceito com comida, se joga que as chances são grandes de ter uma saborosa surpresa.
Aos mais tradicionais ou aos iniciantes na culinária italiana, a dica é pedir um dos sabores populares, os mais vendidos, os mais exportados para o mundo. Como dizem, vai no certo, que não tem erro!
Abaixo você encontra os dez sabores mais comum das pizzas tradicionais italianas:
Margherita
A clássica realeza que não perde a majestade.
A Margherita foi inventada em Nápoles e em 1889 ganhou fama depois que foi servida à Rainha da Itália, Margarida de Saboia.
Desde então, o mundo inteiro se beneficia com essa apetitosa criação.
A receita replicada nos quatro cantos do planeta não podia ser mais simples: muçarela, tomate, manjericão e azeite de oliva se completam tal qual feijão com arroz.
Mas atenção, se você estiver em Nápoles, saiba que os napolitanos regulamentaram a fabricação da vera pizza napolitana margherita e previram dois tipos com uma sutil, mas importante diferença gustativa.
Se você encontrar no cardápio “Pizza Napoletana Margherita Extra” é porque ela é feita com a Muçarela de Búfala DOP; já se estiver escrito simplesmente “Pizza Napoletana Margherita”, é porque ela é feita com fior di latte, a muçarela feita de leite de vaca.
A Margherita é a pizza mais consumida na Itália e, por isso mesmo, podemos encontrá-la não só na clássica pizza napolitana, mas em todas as variações que vimos acima.
Marinara
Marinara é também uma pizza napolitana e igualmente simples: na cobertura vai somente tomate, orégano, alho e azeite de oliva extravirgem.
Exatamente, a Marinara não leva queijo, o que é uma excelente opção para os intolerantes à lactose.
Ela foi inventada na primeira metade do século XVIII, antes mesmo da sua prima mais famosa, e tinha um público bem popular: pescadores que a consumiam ao voltar para casa depois de pescar na baía de Nápoles.
Mesmo com o passar do tempo, a Marinara segue firme e forte entre as pizzas mais consumidas da Itália, especialmente na região central do país.
Prosciutto e Funghi
Esta pizza traduz bem a marca registrada da cozinha italiana: simplicidade e muito sabor.
É isso que você pode esperar quando provar as lâminas de cogumelos frescos e as fatias de presunto cozido assadas juntas sobre uma massa de pizza napolitana, milanesa, torinese, romana, …
Ela leva molho de tomates e muçarela fresca e a combinação desses ingredientes faz dessa pizza uma das mais pedidas nas pizzarias italianas.
Quattro Stagioni
A Pizza Quattro Stagioni, outro grande clássico, permite degustar quatro fatias de pizza com diferentes coberturas.
São quatro pizzas em uma!
Cada fatia representa uma estação diferente, mas a base de todas é composta por molho de tomate e cubos de muçarela.
A primavera é representada pelas alcachofras, o outono pelos cogumelos, o verão pelo tomate e manjericão e o inverno pelo presunto cozido com azeitonas pretas.
Capricciosa
A Pizza Capricciosa leva basicamente os mesmos ingredientes da Pizza Quattro Stagioni, mas aqui eles vêm todos misturados.
Pode ser encontrada em diferentes formatos, da pizza napolitana à romana, da pizza frita à in teglia.
Existe também uma saborosa variante da Capricciosa que é a Pizza Capricciosa bianca e usa os mesmos ingredientes da versão mais famosa, mas sem o molho de tomate.
Quattro Formaggi
Como o próprio nome sugere, é feito com quatro queijos, mas estes podem variar de uma pizzaria para outra, de um local da Itália para outro.
combinação convencional, entretanto, leva gorgonzola, muçarela, fontina e parmesão.
A Pizza Quattro Formaggi é um dos tipos de pizza que não leva molho de tomate e ganha todos os diferentes formatos (napolitano, romano, pizza al trancio, etc.), sendo encontrada no país inteiro.
Tonno e Cipolli
Essa pizza tem o atum em azeite de oliva e cebolas em rodelas como principais ingredientes, que podem ou não vir acompanhados de azeitonas pretas, muçarela e orégano.
É típica do centro sul da Itália, especialmente na Sicília, onde tem lugar cativo na mesa dos italianos.
Embora seja uma combinação que pode ser usada em muitos formatos de pizza, é geralmente usada na pizza napolitana em forno de lenha.
Diavola
Uma velha conhecida nossa. No Brasil nós chamamos a Diavola de Pepperoni.
O principal ingrediente, você sabe, é o salame picante, que harmoniza com a sutileza e dulçor da muçarela.
La Boscaiola
Assim como a pizza de atum e cebolas, a boscaiola também é mais consumida nas pizzarias do centro sul da Itália.
Geralmente é encontrada na versão “biancha” e é especial para os que adoram pizzas bem recheadas.
A receita da Boscaiola pode variar bastante conforme a região, mas como base leva muçarela, linguiça, cebola, cogumelos, alho, azeite extravirgem, sal, pimenta e salsinha.
Prosciutto, Rucola, Parmigiano
Está aí mais uma representante das pizzas brancas, que é absolutamente deliciosa.
Ela é preparada em quase todos os lugares, de Nápoles a Milão, passando por Roma e Florença.
Os ingredientes principais são presunto cru, muçarela, rúcula e lascas de parmesão e é geralmente preparada sobre uma massa de pizza napolitana ou scrocchiarella.
A combinação do crocante da rúcula, o perfume do presunto e o umami do parmesão se combinam perfeitamente, transformando essa numa das pizzas mais saborosas da Itália.
É isso!
Nós concluímos aqui nossa parte do acordo!
Agora você está pronto para o desafio de encontrar a melhor pizza da Itália!
Só não esqueça: seja redonda ou quadrada, alta ou baixa, de farinha de trigo ou de milho, com presunto ou queijo, com ou sem tomate, definitivamente, prove a pizza italiana típica que utiliza os ingredientes da região!
Buon viaggio e Buon appetito!
fonte: Conexão Europa