Amar e cuidar do idoso – Isso faz a diferença na sua vida.
Aprenda com Rute como o amor aos idosos faz a diferença.
Conta-se que, em Israel, houve uma grande fome, por isso Elimeleque (que residia em Belém, cidade da região de Judá), sua esposa Noemi e seus dois filhos Malon e Quiliom mudaram-se para um país chamado Moabe.
Passado algum tempo, o esposo de Noemi morreu e ela ficou somente com seus dois filhos.
Estes, depois de algum tempo, casaram-se, e o nome de suas esposas era Orfa e Rute.
Após dez anos, Malon e Quilion também morreram.
Noemi ficou só, sem os filhos e sem o marido.
Com o tempo, Noemi soube que Deus tinha ajudado o seu povo, dando-lhes boas colheitas e decidiu voltar para Judá.
Então, disse às suas noras que elas deveriam voltar para suas casas e ficarem com suas mães.
Orfa e Rute disseram que não, mas, ao final, Orfa voltou e Rute decidiu continuar ao lado de Noemi.
Essa história se encontra no pequeno livro bíblico de Rute.
Noemi fica sob os cuidados de Rute, que não a abandonou em momento nenhum.
Rute se casou novamente e Noemi continuou junto de sua amada nora Rute.
Amar e cuidar do idoso – Isso faz a diferença na sua vida
O que ensina o livro de Rute?
O livro de Rute nos ensina o cuidado que falta, hoje em dia, com muitas pessoas idosas.
Vivemos em uma sociedade que busca descartar aqueles que nada mais podem produzir.
É a sociedade de consumo, que exclui a dignidade e o respeito da vida de muitos irmãos e irmãs nossos.
Essa realidade é frequente, principalmente em muitos lares, onde pessoas idosas têm de conviver com a falta de respeito, o carinho e a atenção de seus familiares.
A síndrome da eterna juventude tem se infiltrado em muitos corações.
O tempo passa para todos, e a juventude só será eterna no coração.
As plásticas podem esconder as rugas do tempo impressas no rosto, mas não podem impedir os anos de passarem.
Muitos idosos sofrem em silêncio o descaso de seus familiares.
Vivem isolados, porque não mais encontram um espaço para partilhar a vida.
Falta a paciência e a compreensão dos mais novos, os quais, no futuro, também serão idosos.
Como é triste encontrarmos pais e mães que perambulam pela vida com o sentimento de terem sido descartados e estarem atrapalhando a vida dos mais novos!
É preciso, urgentemente, uma mudança de consciência das gerações mais novas.
É preciso reavaliarmos o valor daqueles que já contribuíram com a criação dos filhos e netos; e hoje merecem nosso cuidado, carinho e atenção.
Dê valor aos idosos
É inadmissível que os idosos sejam tratados como objetos descartáveis por filhos, netos e demais familiares.
O que somos hoje se deve ao trabalho e carinho desses nossos irmãos que desejam apenas cultivar o sentimento de serem amados por seus familiares e entes queridos.
Não há desculpa para quem maltrata uma pessoa idosa.
Os vizinhos podem não saber como os idosos de uma determinada família são, muitas vezes, maltratados, mas a vida é uma escola, e quem não aprende por bem terá de, um dia, deparar-se com as consequências das escolhas que um dia fez na vida.
Rute é modelo para todos nós.
Ao cuidar de Noemi e não a abandonar, ela nos ensina que o bem que fazemos ao próximo a nós é devolvido cem vezes mais.
Que, no exemplo de Rute, acolhamos as Noemis de nosso tempo.
O mundo está envelhecendo e os “anciãos são o porvir”, os velhos são o futuro.
Não só as pessoas devem preparar-se para o envelhecimento, mas igualmente as culturas, os governos, a sociedade.
Todos nós queremos viver muito tempo, mas ninguém quer envelhecer.
Sabemos que um móvel velho, um vinho velho é que tem valor.
“Minhas rugas são título de nobreza”, disse uma artista famosa.
A grandeza de uma civilização se mede pela atitude perante os anciãos.
O pior envelhecimento começa com o medo de envelhecer.
A solução está em preparar-se.
Como viver bem a terceira idade?
A mais bela idade é a que temos e cada idade tem sua beleza e sua missão.
A idade não está só nas artérias, nas rugas, mas no fervor.
“Não sei qual é a minha idade: muda de minuto em minuto”, disse um sábio.
Importa viver o momento presente, viver de instante em instante, pois tudo começa a cada momento e hoje é o primeiro dia do restante de nossa vida.
O problema não está em acrescentar anos à vida, mas acrescentar vida aos anos.
O final da vida ainda é vida.
Dar a cada instante, a cada manhã o consentimento à vida, comungar com a vida.
Neste sentido poucos sabem ser velhos.
Cabe-nos ser reconhecidos e justos para com os idosos.
Eles são mestres, são guardiões da fé, da tradição, dos valores.
Eles ajudaram o mundo ser melhor.
Que a família nunca abandone seus idosos.
É preciso honrar pai e mãe.
Amar e cuidar do idoso – Isso faz a diferença na sua vida
Nossos anciãos precisam de um aperto de mão, de um olhar, de um sorriso, de um abraço.
A bengala mais segura é o braço de um filho, de um amigo, de um vizinho.
Aos idosos, demos o melhor lugar de nossa casa, a melhor aposentadoria.
A eles e elas demos o assento no ônibus, nas Igrejas, mas principalmente seja-lhes concedido respeito, honra e lugar na sociedade.
A frase mais terrível na boca de um idoso é esta: “eles me esqueceram”.
Por outro lado, os idosos têm dons, experiências e sabedoria para enriquecerem a sociedade de hoje.
Velhice não é peso, é dom; não é decadência, é oportunidade; não é doença, é uma etapa normal da vida; não é desgraça, é graça; não é diminuir, é crescer.
Idoso é alguém que ajuda os outros a viver.
O que enche nossas mãos não é o que retemos, mas o que temos dado.
Então, velhice é tempo de ação de graças, tempo de novos aprendizados.
Possam os idosos viver sentimentos de gratidão para com o passado, alegria em relação ao presente e muita esperança quanto ao futuro.
Benditos sejam todos os que cuidam dos idosos.
O melhor jeito de envelhecer é viver fazendo o bem, plantando sementes boas no jardim do coração.
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