A família e a conscientização do Alzheimer.
Como lidar com o Alzheimer?
As lembranças contam a jornada que percorremos para nos tornarmos quem somos hoje.
Perder essas memórias é impensável, mas é a realidade de quase 44 milhões de pessoas que vivem com Alzheimer ao redor do mundo.
No Brasil, pelo menos 7,1% das pessoas acima de 65 anos apresentam algum tipo demência, sendo a doença de Alzheimer responsável por mais de 50% desses casos.
E a incidência vai mais que dobrar até 2030, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
O motivo para esse aumento é simples: a população brasileira está vivendo mais – e como um dos principais fatores de risco para o Alzheimer é a idade, a doença está cada vez mais comum.
Mesmo assim, muitos ainda vivem sem diagnostico ou tratamento.
“Problemas de esquecimento, especialmente na população idosa, necessitam de uma avaliação médica cuidadosa que permita o diagnóstico e tratamento precoces, garantindo ao paciente melhor qualidade de vida”, pontua o neurologista Antônio Eduardo Damin.
Em geral, a descoberta do Alzheimer traz grande impacto para a família.
Mas, com os tratamentos disponíveis, é possível melhorar os sintomas, oferecendo uma rotina mais saudável ao paciente.
“É importante buscar informações que nos motivem a seguir em frente, levando a rotina com mais leveza”, diz Fernando Aguzzoli, autor do livro Quem, eu?
Uma avó. Um neto.
Uma lição de vida que conta sua trajetória como cuidador de sua avó diagnosticada com Alzheimer.
Os desafios do esquecimento
Quando falamos em Alzheimer, a dica mais importante é cuidar com amor.
Manter a paciência e a leveza no dia a dia é essencial para uma boa resposta do idoso aos desafios diários.
“Sempre digo que o bom humor é capaz de alcançar a nossa alma, amenizando o sofrimento.
No meu caso, vi que era possível criar cenários mais favoráveis e divertidos para a minha avó.
Isso, sem dúvidas, fez toda a diferença para ela e para todos nós”, pontua Aguzzoli.
A família e a conscientização do Alzheimer
“A doença de Alzheimer impacta não só o paciente, mas também as pessoas ao seu redor.
Por isso, manter o bem-estar físico e psicológico de toda a família é essencial para que o paciente seja bem cuidado”, aponta Damin.
Nas fases avançadas da doença, o idoso precisa de atenção integral.
Portanto, é importante que a família se estruture para não deixar que uma só pessoa se comprometa, pois, sobrecarregado, o cuidador não poderá dar o seu melhor”, aponta Aguzzoli.
A ideia de que o idoso um dia se esquecerá de quem são os familiares também preocupa.
“Nós só entendemos a dimensão da doença quando o esquecimento das pessoas amadas se faz presente.
É um baque tremendo e a gente pensa que tudo acabou.
Mas que nada!
Depois a gente descobre que eles se esquecerão da gente todos os dias, mas o amor deles por nós nunca será apagado”, finaliza Aguzzoli.
O Avôvó sabe das dificuldades encontradas pelos familiares e pacientes, por isso desejamos muita força e coragem.
Enfrentar uma situação difícil pode ser dolorido, mas o amor deve vencer os obstáculos.
VôVó se cuide!
Nós te amamos.