Sal e água são fundamentais – Dose errada podem fazem mal.
Para que nosso organismo funcione direito, é fundamental que a dupla “água e sal” esteja em equilíbrio.
Nenhum dos dois pode faltar, tampouco sobrar.
O problema é que nós, brasileiros, gostamos muito de exceder no tempero e alcançamos fácil, fácil, 12 gramas diário de sal, o que equivale a mais do que o dobro das recomendações.
A Organização Mundial da Saúde sugere limitar o consumo de sal em até 5 gramas por dia.
Segundo o responsável pelo setor de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial do Sírio-Libanês, o nefrologista Décio Mion, tamanha cautela com a dosagem se dá porque a alta concentração da substância no sangue leva a uma tendência à pressão alta.
“O excesso provoca a retenção de líquidos e esse mecanismo propicia a vasoconstrição”, explica.
Portanto, “o sangue encontra maior resistência para fluir, o que serve de estopim para a hipertensão”, diz.
Além de maltratar o coração, a pressão alta, quando não controlada, faz crescer o risco para o acidente vascular cerebral (AVC), mais conhecido como derrame.
É que a força extra da passagem sanguínea agride a parede das artérias – uma estrutura chamada endotélio – e provoca lesões ali.
Daí, se esse processo acontece a todo instante, vasos espalhados pelo corpo, incluindo os da cabeça, acabam comprometidos e podem se romper.
“Existem pessoas mais sensíveis e outras mais resistentes ao sal”, afirma Mion.
No primeiro grupo, o organismo tem dificuldades para eliminar a substância, o que pode levar a uma sobrecarga e ao aumento da pressão.
Sal e água são fundamentais – Dose errada podem fazem mal
“Já os resistentes livram-se do sal sem danos”, diz.
Saber quem é quem não é muito simples e, por essa razão, a dica é de parcimônia para todos.
Sem dúvida essa medida não trará nenhuma consequência ruim, mesmo para quem não precisa de tanta economia.
“É fundamental observar a quantidade utilizada no preparo dos alimentos”, ensina o médico.
Errar a mão na hora de salgar pode não só fazer desandar a receita como comprometer a saúde de toda a família.
Para preservar os rins
As pitadas excedentes trazem malefícios que vão além do sistema circulatório.
Existem evidências de que o exagero esteja por trás da formação de cálculos renais.
Aliás, por falar em pedras, uma boa estratégia para evitar que se formem é a de beber bons goles de água.
“Estudos com grandes populações mostram que quem consome mais de 2 litros de líquidos por dia tende a apresentar um melhor funcionamento dos rins depois dos 70 anos de idade”, conta o nefrologista Décio Mion.
Manter-se bem hidratado também é uma providência que dá um chega-pra-lá na infecção urinária, pois a fluidez do xixi impede a proliferação de micro-organismos na bexiga.
Ainda assim não é preciso virar refém das garrafinhas.
Teoricamente, a ingestão de H2O não deve ser motivo de preocupação, uma vez que nosso corpo avisa quando é hora de matar a sede.
Ao perceber algum desequilíbrio de água e de minerais, como o sódio, o hipotálamo, lá no cérebro, dispara sinais que provocam secura na boca e na garganta e logo vem aquela necessidade urgente de ingerir líquidos.
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Nos idosos esse mecanismo muitas vezes não funciona a contento.
Por isso, é essencial redobrar a atenção com eles no que diz respeito ao consumo de água.
E para quem anda tenso porque não tem alcançado a meta dos 2 litros diários, vale saber que a quantidade varia conforme o perfil.
Praticantes de atividade física, por exemplo, necessitam de muito mais água do que a média.
A sugestão, em geral, é caprichar nos copos ao longo do dia para não deixar o corpo virar sertão.
fonte: Hospital Sírio Libanês
fonte: Dr. Décio Mion, nefrologista e responsável pelo setor de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial