A infância de nossos netos – Vamos pensá-la.
Isso todos sabem, mas será que nós revertermos essa informação em ação construtiva.
Esse texto visa inspirar os avôs e avós que ajudam a criar os netos.
No cotidiano do portal Avôvó, entre o planejar e desenvolver o conteúdo, conversamos sobre o papel da família na vida das crianças.
Não fazemos nenhuma alusão a qual deve ser o agrupamento familiar, família é família.
Estamos falando de como os adultos – os responsáveis – se posicionam com a chegada de um bebê e como o recém-nascido reage as atitudes alheias.
Sim, estamos refletindo sobre a infância e as implicações da modernidade.
A ideia é relembrar a infância. Momentos felizes, quase que intermináveis e profundamente alegres.
Lembrar é querer retornar.
Isso é completamente compreensivo e normal, pois: nessa fase somos amados e atendidos, protegidos de todas as adversidades e resguardados de todo perigo.
O tempo de sobra é direcionado a única atividade restante, brincar e continuar brincando.
Não queremos esquecer que a infância pode não ter sido uma maravilha.
Relembrar pode não ser um campo florido.
Sabemos que no Brasil, existem infâncias repletas de abusos, violência, necessidades básicas não atendidas e dezenas de situações traumatizantes.
Infelizmente não podemos usar essas situações como base e isso não ajudaria em nada.
A violência na infância deve ser combatida com lucidez e seriedade.
Falaremos apenas de condições dignas e que respeitam os direitos da criança para que ela possa se desenvolver bem.
A infância de nossos netos – Vamos pensá-la
A criança é um ser social – ou seja, tem desejos e vontades sociais, aquelas que não são necessárias.
Entender isso é o primeiro caminho para desenvolver esse papo.
Isso significa que ela pede que nossa sociedade modifique muito de sua estrutura para recebê-la e visualmente é nítida a mudança: placas de trânsito em área escolar, atividades em parques, bibliotecas com sessões infantis, hospitais – a área de pediatria sempre está entre as maiores – e outras questões mais.
Os pais e avós demoraram para entender que até os recém-nascidos tem intensão consumidora.
O mercado não titubeou e descobriu isso muito cedo, investindo pesado trazendo produtos maravilhosos e indispensáveis para seus pequenos consumidores.
A infância é uma etapa frágil e extremamente fértil.
Essa fertilidade está disponível para plantarmos conhecimento, bons costumes e disciplina com gentiliza e paciência.
Não adianta querer passar coisas boas com gritaria e falta de educação, exemplo é tudo.
As crianças são frágeis e dependentes, por isso a sociedade deve se adaptar a elas e encontrar a melhor condição para o desenvolvimento.
Haja vista que, com tantos assuntos pertinentes, separamos um tempo para essa reflexão.
Tempo livre, sem programação, problema!
A programação é essencial para construir uma infância positiva.
Eventos culturais, brincadeiras educativas e incentivo a leitura.
Atualmente, não são todos os pais, as crianças não recém atenção adequada e só são respondidas para ceder aos desejos ou receber um “não” – por impossibilidade ou absurdo.
Isso gera problemas, ao crescerem se tornaram adolescentes insuportáveis e sem limites e logo buscamos culpados, gerando falta de reflexão ou, no pior dos casos, medo de prosseguir.
Esses são os ingredientes para acabar com o futuro, jovens sem limite e sem futuro, qualquer coisa é permitida e pouco se constrói de coletivo.
A valorização da carreira profissional, criando a ideia de que a criança não é um ser social.
Nos fazendo abandonar a carcaça humana e nos vestiram de metal.
Hora extra, hora extra, hora extra, volte para casa cansada e compre amor na loja de brinquedo mais próxima.
A infância de nossos netos – Vamos pensá-la
Você está exausto(a), chegando em casa nada parece fácil e não saber por onde começar é normal.
Parece que as muitas atividades não dão conta da energia que a criança contém: karatê, Kumon, Ballet, dança, professor particular, inglês, futebol, psicopedagoga, psicóloga, dentista, fonoaudióloga e vai por aí afora.
Onde foi parar a infância, aquele lugar lindo e protegido pela sensação da eterna felicidade?
Estamos antecipando a vida adulta das crianças e isso não significa que atividades extracurriculares sejam erradas, mas devemos saber dosar.
A infância deve ser um lugar simples, pelo menos, mais simples que a vida adulta.
Esteja presente na vida do seu filho/neto e o resto, a vida vai encaixar!
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